Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2017

PERDA DE JESUS NO TEMPLO

Remansit puer Iesus in Ierusalem, et non cognoverunt parentes eius  — “O Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais se apercebessem” (Luc. 2, 43). Sumário . Quando Jesus chegou à idade de doze anos, José e Maria levaram-No consigo a Jerusalém na solenidade de Páscoa. Por ocasião da volta, porém, Jesus ficou no templo, sem que seus pais se apercebessem, e só foi achado ao fim de três dias de busca e de lágrimas. Aprendamos deste mistério que devemos deixar tudo, parentes e amigos, quando se trata de promover a glória de Deus. I. Escreve São Lucas que Maria e José iam todos os anos à Jerusalém na solenidade de Páscoa, e levavam consigo o Menino Jesus. Era costume entre os Israelitas, conforme diz o venerável Beda, que durante a viagem ao templo (ao menos na volta) os homens andassem separados das mulheres, ao passo que os meninos acompanhavam à vontade o pai ou a mãe. O Redentor, que então tinha doze anos, depois da solenidade, ficou três dias em Jerusalém. A Virgem-Mãe p

QUAIS OS DIAS QUE OS FIÉIS DEVEM SANTIFICAR?

Ensina-nos o primeiro mandamento da Igreja: “ Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de guarda. ” (Catecismo Maior de São Pio X, Questão 474) “ O primeiro preceito da Igreja: ‘ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda’ manda-nos assistir com devoção à Santa Missa nos domingos e nas outras festas de preceito. ” (Catecismo Maior de São Pio X, Questão 475) Cumprimos esta obrigação santificando o dia, deixando os trabalhos não essenciais, e assistindo com piedade a Santa Missa, em caráter obrigatório. Peca-se mortalmente quem não o faz. Evidentemente que não sendo possível assistir à Santa Missa por algum motivo grave, fica-se dispensado (cf. Catecismo da Igreja Católica, § 2181). Durante o domingo e os outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão de se entregar aos trabalhos ou atividades que impedem o culto devido a Deus, a alegria própria ao dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia e o descanso conveniente do espírito e do corpo. A

Francisco, um homem feito oração

Francisco vive e se move em Deus. Isto quer dizer que vive da oração. A oração pertencia tão plenamente à natureza do santo que se poderia dizer: a oração era sua essência. Celano se atreve a dizer: “Quando Francisco orava, todo o seu ser era oração” (2Celano 95). Sua oração era muito mais louvor do que pedido, tanto assim que Celano pôde resumir todo o processo de sua conversão em forma de oração: “Deus colocou na boca do pródigo Francisco o freio do louvor” (1Celano,2). Este clamor de adoração a Deus foi a sua salvação. Também ele cai, como mais tarde Lutero, em angústias e terror. Seu “refúgio” se torna então a oração que o faz triunfar sobre os assaltos do inimigo: ele se ajoelhava em adoração. Ao final da Regra não-bulada encontra-se uma oração. A ideia central está na quarta frase: “Todos nós somos pobres pecadores”. E assim mesmo, a forma de oração de Francisco é sobretudo de ação de graças, seja diretamente ou por intermédio de Maria ou dos santos. Nesta atitude, ampl

A ignorância invencível e a salvação

Sem Roma, totalmente frustada por ver a FSSPX caminhando em direção à Barca de Pedro, não mais pode apoiar-se na mesma para justificar seu "apostolado". Aliás, agora são Sem Roma & FSSPX. Em uma tentativa vã que só convenceu os organizadores da idéia, quiseram mostrar uma suposta contradição em uma frase do Pe Paulo Ricardo com o ensino católico no folder acima. Iremos mostrar, nesse artigo, que as palavras do Reverendíssimo padre, que tanto bem faz a Igreja no Brasil na formação sólida tradicional entre leigos e seminaristas, estão em perfeita harmonia com o que o Magistério sempre ensinou. Obviamente que o Padre Paulo fala dos que estão em ignorância invencível. Ora, se diz que eles têm em mente um simulacro, um boneco, ao invés da Igreja Católica, é claro que faz referência aos que não pecam mortalmente por isso. O que ele falou sempre foi consenso entre os teólogos. O grande teólogo Penido diz o seguinte sobre isso:  “Melhor seria cognominá-los cristãos di

A ABSOLVIÇÃO RESTITUI AO QUE CAIU EM PECADO MORTAL OS MÉRITOS QUE ELE ADQUIRIRA ANTES DE CAIR

Já falamos algo sobre isto. Vamos, hoje, completar nossas reflexões. Para melhor compreendê-lo é preciso observar que os teólogos distinguem, além das obras vivas, três outras espécies de obras: umas mortíferas,  outras nascidas mortas, e, enfim, as mortificadas. Em latim:  opera mortifera, opera mortua, opera mortificata. OBRAS MORTÍFERAS: São aquelas que matam a alma, como são os pecados mortais; pois ," o pecado, consumado que é, produz a morte" (S. Tiago I, 15).  OBRAS MORTAS: São as obras boas por sua natureza, como as orações, os jejuns, as esmolas, etc. que se fazem em estado de pecado mortal. São chamadas mortas ao nascer. pois não podem ser vivas, tendo por autor um morto, nem ser agradáveis a Deus, tendo por autor um inimigo de Deus. É o que diz São Paulo: " Ainda que distribuísse todos os meus bens com os pobres, se não tivesse caridade (=a graça santificante) tudo isto de nada me serviria" (1 Cor. XIII, 3).  E o próprio Jesus Crist

CATEDRAIS CATÓLICAS: a Basílica de Santa Maria de Cracóvia, Polônia

A  Basílica de Santa Maria   (em polonês  Kościół Mariacki ) surge no centro histórico  ( Stare Miasto , ou "cidade velha")  de  Cracóvia , na  Polônia , no lado oriental da grande  Praça do Mercado  ( Rynek Główny , ou "Praça Grande").  É  famosa por seu  retábulo  que retrata cenas da vida da  Virgem Maria  e também pela  trombeta  que soa a cada hora do topo da Basílica e pela  triste rivalidade  de dois irmãos na construção das torres, que culminou em uma tragédia.   Esta joia do  gótico polonês  foi completada no século 14.  Segundo o cronista  Jan Długosz , a primeira igreja paroquial na  Praça Grande  foi erigida entre 1221-1222 pelo bispo de Cracóvia,  Iwo Odrowąż ,  com o presbitério virado para o leste, como era comum à época. Após sua destruição durante as invasões dos Tártaros, a igreja atual foi edificada em estilo gótico sobre a igreja precedente, de forma divergente da nova orientação da praça, em relação à qual se apresenta oblíqua.   Esta Cate

JESUS CHORA

Et lacrymatus est Iesus  — “E Jesus chorou” (Io. 11, 35.) Sumário.  O Menino Jesus chorava por duas razões. Em primeiro lugar chorava de compaixão para com os homens, que eram réus de morte eterna, e oferecia as suas lágrimas ao Eterno Pai, a fim de obter para eles o perdão. Chorava em segundo lugar de dor, vendo que, mesmo depois da Redenção tão grande número de pecadores continuariam a desprezar sua graça. Ah! Não agravemos mais as penas desse amabilíssimo Coração e consolemo-Lo, misturando as nossas lágrimas com as suas. As lágrimas do Menino Jesus foram muito diferentes das que as outras crianças derramam quando nascem. Estas choram de dor, diz São Bernardo, mas Jesus não chora de dor, mas sim de compaixão para conosco, e de amor: Illi ex passione lugent, Christus ex compassione . Chorar alguém é sinal de grande amor. Por esta razão os Judeus, ao verem o Salvador chorar a morte de Lázaro, diziam: Vede como o amava  —  Ecce quomodo amabat eum  (1). Da mesma forma os anjos, v