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Vivência da Semana Santa, o Tríduo Pascal e o ápice do Ano Litúrgico, a Páscoa da Ressurreição

Por Felipe Marques – Assoc. São Próspero  e  Movimento Somar para Vencer A LITURGIA É TODO culto público da Igreja, dado a Deus. A Liturgia é a forma que Deus escolheu para agir na História (perpetuar na História o Mistério da salvação) desde Pentecostes até a Parusia (fim do tempo da Igreja e fim da História). Estas definições estão carregadas de significado, principalmente neste tempo oportuno de conversão que é a Semana Santa, tempo propício para a volta para Deus.  Muitas pessoas encaram a Liturgia católica como se esta se resumisse à santa Missa. O centro da vida litúrgica é, sim, o Sacrifício de Cristo, e é da Eucaristia que todos os dons nos são dados. Isso acontece justamente para que possamos viver a Santa Missa no dia a dia, como ensina a  Sacrosanctum Concilium , no seu parágrafo 2: “ A Liturgia, pela qual,  especialment e no  Sacrifício Eucarístico , 'se opera o fruto da nossa Redenção', contribui em sumo grau para que  os fiéis exprimam na vida e manifest

A espiritualidade da Semana Santa

Ir. João Antonio Johas ,.   “Como a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, Cristo a realizou principalmente por seu mistério pascal, com o qual destruiu nossa morte morrendo, e ressuscitando restaurou nossa vida,   o sagrado tríduo pascal da paixão e ressurreição do Senhor brilha como o ponto culminante de todo o ano litúrgico ”. Com essa afirmação a Igreja, no Concilio Vaticano II, expressou a centralidade desse tempo intenso que começamos a viver. Sendo os mistérios centrais da nossa fé, muitas vezes não se tornam os mistérios centrais da nossa vida por diferentes motivos que valem a pena serem levados em consideração. No Domingo de Ramos é comum escutar os sacerdotes animando os fiéis a viverem intensamente as celebrações que se aproximam. Porque será essa insistência tão grande? Sabemos da quantidade de trabalho que eles têm nesses dias, mas o seu apelo não é simplesmente porque não querem trabalhar e depois ver uma igreja vazia. Longe d

'HOSANA AO FILHO DE DAVI!'

No Domingo de Ramos, tem início a Semana Santa da paixão, morte e ressurreição de Nosso senhor Jesus Cristo. Jesus entra na cidade de Jerusalém para celebrar a Páscoa judaica com os seus discípulos e é recebido como um rei, como o libertador do povo judeu da escravidão e da opressão do império romano. Mantos e ramos de oliveira dispostos no chão conformavam o tapete de honra por meio do qual o povo aclamava o Messias Prometido:  'Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas' . Jesus, montado em um jumento, passa e abençoa a multidão em polvorosa excitação. Ele conhece o coração humano e pode captar o frenesi e a euforia fácil destas pessoas como assomos de uma mobilização emotiva e superficial; por mais sinceras que sejam as manifestações espontâneas e favoráveis, falta-lhes a densidade dos propósitos e a plena compreensão do ministério salvífico de Cristo. Sim, eles querem e preconizam nEle o rei, o Ungido

DOMINGO DE RAMOS: UTILIDADE DA PAIXÃO DE CRISTO COMO EXEMPLO

Como disse S. Agostinho: “ A Paixão de Cristo é suficiente para ser modelo de toda a nossa vida “. Quem quer que queira ser perfeito na vida, nada mais é necessário fazer senão desprezar o que Cristo desprezou na cruz, e desejar o que nela Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude deixa de estar presente na cruz. Se nelas buscas um exemplo de caridade, “ ninguém tem maior caridade do que aquele que dá sua vida pelos amigos ” (Jo 15, 13). Ora, foi o que Cristo fez na cruz. Por isso, já que Cristo entregou a sua vida por nós, não nos deve ser pesado suportar toda espécie de males por amor a Ele. “ O que retribuirei ao Senhor, por todas as coisas que Ele me deu? ” (Ps. 115, 12). Se procuras na cruz um exemplo de paciência, nela encontrarás uma imensa paciência. A paciência manifesta-se extraordinária de dois modos: ou quando alguém suporta grandes males pacientemente, ou quando suporta aquilo que poderia ser evitado e não quis evitar. Cristo na cruz suportou grandes sofrimentos: “

SEGUNDA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A TARDE

Jesus preso à coluna e flagelado Tunc ergo apprehendit Pilatus Iesum et flagellavit  — “Pilatos tomou então a Jesus e o mandou açoitar”(Io. 19, 1). Sumário:  Contemplemos como os algozes pegam dos açoites e a um sinal dado começam a bater por toda a parte em nosso divino Redentor. Seu corpo virginal primeiro torna-se roxo; depois começa a correr o sangue, e com tão grande abundância, que ficam manchados, não só os açoites, senão também as vestes dos algozes e a própria terra. Pelo que o Senhor ficou transfigurado como um leproso, coberto de chagas desde a cabeça até aos pés. E nós continuaremos a acariciar esta carne rebelde? Vendo Pilatos que falharam os dois meios empregados para não ter que condenar ao inocente Jesus, isto é, a remessa para Herodes e a apresentação ao lado de Barrabás, toma o alvitre de lhe dar um castigo qualquer e depois mandá-Lo embora. Convoca portanto os Judeus e lhes diz: “Apresentastes-me este homem como um agitador; não acho, porém, n’Ele culpa al

REFLEXÕES DO ARCEBISPO FULTON J. SHENN SOBRE AS SETE DORES DE NOSSA SENHORA

 (Retiradas do livro: O primeiro amor do mundo, editora educação nacional – Porto, tradução de Cruz Malpique, Professor do Liceu de Alexandre Herculano, do Porto, 2ª Edição, 1955, Páginas 314 a 345)  AS SETE FERIDAS DE MARIA "Oh Santa Mãe, fixai as chagas do Crucificado fortemente em meu coração; de Vosso Filho ferido que por mim quis sofrer, partilhai comigo as dores." A PRIMEIRA FERIDA PROFECIA DE SIMEÃO A ferida inicial foi a profecia de Simeão. O Divino Menino, com a idade de quarenta dias, foi levado ao Templo; mal Simeão teve em seus braços a Luz do Mundo, logo de seus lábios saiu o canto do cisne: está pronto a morrer, porque viu o Salvador. Depois de ter anunciado que esse menino será objeto de contradição, disse a Maria: "A Tua alma será trespassada por uma espada de dor." Notai que Simeão não disse que uma espada lhe trespassaria o corpo. A lança do centurião poderia trespassar o Corpo de Cristo; o Seu Corpo poderia ter sido ferido ao ponto d

A celebração do Domingo de Ramos

O  que se deve preparar:   Todo o necessário para a celebração da Missa; Paramentos vermelhos para o sacerdote, como para a Missa. Para a procissão, pluvial; Turíbulo e naveta com incenso; Cruz processional, ornada com um ramo; Dois castiçais com velas; Caldeirinha de água benta e aspersório; Missal Romano; Livro dos Evangelhos; Livros da Paixão do Senhor, se houver; Três estantes para a história da Paixão; Genuflexório; Ramos para o sacerdote, os ministros e os fieis; Altar ornado com ramos. 1.  Ritos iniciais Nesta celebração há três formas de entrada: a procissão, a entrada solene e a entrada simples. A procissão faz-se apenas na Missa principal, com maior concurso de povo; a entrada solene, onde não foi possível fazer a procissão e nas demais Missas em que se abençoam os ramos; a entrada simples, nas Missas em que não se faz a bênção dos ramos. a) Procissão:  A celebração inicia-se em uma igreja menor ou em outro lugar apropr