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FESTA DE TODOS OS SANTOS

Vidi turbam magnam, quam dinumerare nemo poterat, ex omnibus gentibus, et tribubus et populis et linguis ” — “Vi uma grande multidão, que ninguém poderia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Apoc 7, 9). Sumário . São três os fins principais que a Igreja tem em mira mandando celebrar a solenidade de todos os Santos. Quer em primeiro lugar que honremos os seus filhos que já triunfam no céu e especialmente àqueles que no correr do ano não tiveram uma festa própria. Para que as nossas homenagens nos aproveitem, ela quer em segundo lugar, que nos excitemos à prática do bem, pela esperança do céu. Finalmente quer a nossa boa Mãe aumentar a nossa confiança, dando-nos a entender que esses nossos bem-aventurados Irmãos se empenham para nos obter os favores divinos. Que fins tão nobres e consoladores! *************************** I. Considera os fins nobilíssimos que a Igreja tem em mira, fazendo-nos celebrar hoje a solenidade de todos os Santos. Quer em primeiro lug

SÃO PIO X: ACERBO NIMIS - Sobre o Ensino do Catecismo

CARTA ENCÍCLICA ACERBO NIMIS Sobre o Ensino do Catecismo. PIO X Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos e Mais Ordinários em Paz e Comunhão com a Santa Sé Apostólica, Saúde e Bênção Apostólica. 1.   Pelos inescrutáveis desígnios de Deus fomos elevados de nossa pequenez ao cargo de Supremo Pastor do Rebanho de Cristo ,  em dias bem críticos e amargos ,  pois o antigo inimigo anda em redor deste Rebanho e lhe arma laços em tão pérfida astúcia ,  que hoje ,  principalmente , parece haver - se cumprido aquela profecia do Apóstolo aos anciãos da Igreja de Éfeso :   “ Sei que …   vos hão de assaltar lobos vorazes ,   que não pouparão o Rebanho ”   ( At 20 , 29 ). Dos males que afligem a Religião não há quem ,  animado de zelo pela Glória divina ,  deixe de investigar as causas e razões ,  acontecendo que ,  como as encontra cada qual diversas ,  proponha diferentes meios ,  de acordo com a sua opinião pessoal ,  para defender e restaurar o

É preciso reavivar o nosso maravilhamento pela Eucaristia: 'o Amor Divino Encarnado'

Do prefácio do Cardeal Robert Sarah para a obra do Cardeal Burke QUANDO A HISTÓRIA da liturgia pós-conciliar for escrita, as figuras do Papa São João Paulo II e do Papa Bento XVI serão recordadas como gigantes: João Paulo II como o místico, Bento XVI como seu fiel e genial colaborador e homem de uma grande capacidade de contemplação e de interioridade espiritual.  O Santo Papa polonês sempre teve como centro de sua vida interior a Cruz do Senhor Jesus, a Eucaristia, e a Beata Virgem Maria:  Crux, Hóstia, et Virgo! 1  Por que razão João Paulo II marcou sua vida sacerdotal com a Cruz, a Hóstia e a Virgem? Porque no centro do ministério apostólico e do anúncio do Evangelho que conduz à fé deve estar a porta de entrada para o Mistério da Cruz. Assim, na celebração da Eucaristia, na participação sempre renovada do Mistério sacerdotal de Jesus Cristo, podemos ver o centro do culto cristão e sua extensão total. Seu intuito constante é lançar cada pessoa e o mundo inteiro

ROSARIUM VIRGINIS MARIAE DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II

CARTA APOSTÓLICA ROSARIUM VIRGINIS MARIAE DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II AO EPISCOPADO AO CLERO E AOS FIÉIS SOBRE O ROSÁRIO INTRODUÇÃO 1. O Rosário da Virgem Maria ( Rosarium Virginis Mariae ), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milénio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milénio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original, e sente-se impulsionado pelo Espírito de Deus a « fazer-se ao largo » ( duc in altum! ) para reafirmar, melhor « gritar » Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como « caminho, verdade e vida » ( Jo  14, 6), como « o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização ». ( 1 ) O Rosário, de facto, ai

Os efeitos maravilhosos da consagração a Maria

Conheça os maravilhosos efeitos da consagração ou escravidão de amor a Jesus por Maria nas nossas almas. São Luís Maria Grignion de Montfort – em seu clássico livro de espiritualidade mariana intitulado “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” – nos ensina que a consagração ou escravidão de amor a nosso Senhor Jesus Cristo pelas mãos da Santíssima Virgem Maria produz efeitos maravilhosos em nossas almas. A consagração e o conhecimento e desprezo de nós mesmos Pela luz que o Espírito Santo nos dará por intermédio de Nossa Senhora, sua amantíssima esposa, conheceremos nosso fundo mau, nossa corrupção e nossa incapacidade para todo bem. Em consequência desse autoconhecimento, desprezar-nos-emos e será com horror que pensaremos em nós mesmos. Considerar-nos-emos “como uma lesma asquerosa que tudo estraga com sua baba, como um sapo repugnante que tudo envenena com sua peçonha, ou como a serpente traiçoeira que só busca enganar” [1] . A humilíssima Virgem Maria nos dar