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A mensagem de Fátima

 




Fátima, um grande sinal no céu que marca o princípio dos últimos tempos e uma predição da apostasia na Igreja

Os Pastorinhos de Fátima: Lúcia, Francisco e Jacinta

Lúcia, Francisco e Jacinta de Fátima

Pe. Mario Luigi Ciappi, teólogo papal do Papa Pio XII: “No Terceiro Segredo [de Fátima] prediz-se, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará pelo cimo.”1

A mensagem e o milagre de Nossa Senhora de Fátima em 1917 é um dos maiores eventos na história da Igreja Católica. Uma vez que o milagre de Fátima, que ocorreu em 13 de Outubro de 1917, foi predito antecipadamente, e realizou-se na presença de quase 100.000 pessoas, esse é provavelmente o mais grandioso milagre na história da Igreja depois da Ressurreição. O milagre de Fátima e a sua mensagem também têm uma enorme importância para o nosso tema: a Verdade sobre o que realmente aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II. A partir de 13 de Maio de 1917, a mãe de Deus apareceu seis vezes a Jacinta (7 anos), Francisco (9 anos) e Lúcia (10 anos) em Fátima, Portugal. A Santíssima Virgem disse às crianças para rezarem o Rosário todos os dias; mostrou-lhes o inferno; e também profetizou a Segunda Guerra Mundial e a expansão do comunismo (“os erros da Rússia”), entre outras coisas.

A visão do Inferno mostrada por Nossa Senhora aos pastorinhos [nota: texto com grafia original]: “Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo de luz que delas expediam pareceu penetrar a terra e [Nossa Senhora] mostrou-nos um grande mar de fôgo que parcia estar debaixo da terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.2

Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração,” disse a Nossa Senhora em Fátima.

Os pastorinhos de Fátima pouco depois da visão do Inferno

Os pastorinhos de Fátima pouco depois da visão do Inferno… pode observar-se em seus rostos aterrorizados a veracidade das suas palavras: que se o céu não lhes tivesse sido prometido, eles teriam morrido de medo ao ver o inferno

Em 13 de Julho de 1917, Nossa Senhora também disse às crianças que no próximo 13 de Outubro ela iria operar um grande milagre para que todos cressem:

“Lúcia disse: ‘Queria pedir-lhe para nos dizer quem é; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemeçê nos aparece.’

‘Continuem a vir aqui todos os meses,’ respondeu a Senhora. ‘Em Outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver para acreditarem.’”3 (Nossa Senhora de Fátima, 13 de Julho de 1917).

Devido ao facto de as crianças terem anunciado meses antes que a Senhora iria operar um milagre no dia 13 de Outubro daquele ano, cerca de 70.000 a 100.000 pessoas foram a Fátima para presenciar o milagre profetizado. Também foram muitos incrédulos para zombar, crendo que a profecia do milagre não se cumpriria. Porém, até a imprensa secular confirmou que o Milagre do Sol ocorreu efectivamente, tal como foi predito pelas crianças e pela Nossa Senhora. O milagre assombrou a multidão reunida, convertendo descrentes obstinados, incluindo ateus e maçons, e confirmou milhares na fé católica.

Fiéis testemunham o Milagre de Fátima

A multidão assombrada em Fátima, em 13 de Outubro de 1917, presenciando o milagre profetizado pela Nossa Senhora

Em quê consistiu o Milagre do Sol para surpreender e converter uma audiência estupefacta de mais de 70.000 pessoas em Fátima em 13 de Outubro de 1917? Um breve exame do milagre e da sua importância é um factor crucial para compreendermos a Verdade sobre o que realmente aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II.

“O sol brilhava no zénite [auge] como se fora um imenso disco de prata. Brilhava com intensidade tal que nunca se vira e no entanto podia ser fitado sem que ofuscasse. Até era delicioso ficar assim, contemplando essa luz que não cegava. Isto durou apenas um instante. Enquanto todos olhavam assombrados, a imensa bola começou a “dançar” – é a palavra empregada pelos observadores. Qual gigantesca roda de fogo, o sol girava agora rapidamente. Parou depois de algum tempo. Novamente começou a rodar sobre si mesmo, vertiginosamente, numa velocidade incrível. Finalmente os bordos tornaram-se escarlates e deslizou no céu como um redemoinho infernal espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa luz reflectia-se na terra, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces voltadas para cima e nas vestes, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores: verde, vermelho, alaranjado, azul, violeta, as cores todas do espectro solar. Animado três vezes de um movimento louco, o globo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezage, avançando sobre a multidão.

Um grito de terror saiu dos lábios de centenas de pessoas apavoradas que se ajoelhavam na lama pensando ter chegado o fim do mundo. Algumas atestam que o ar se tornou mais quente nesse instante. Não se admirariam se vissem as coisas todas em volta consumir-se em chamas envolvendo-os e consumindo tudo.”4

“Por toda parte, em Portugal, a imprensa anticlerical se viu obrigada, de facto, a dar testemunhos desse género. Em geral, estavam de acordo quanto ao essencial. Segundo escreveu o Dr. Domingos Pinto Coelho em A Ordem,‘O sol, umas vezes rodeado de chamas escarlates, outras vezes aureolado de amarelo e roxo esbatido, outras vezes ainda parecendo animado de velocíssimo movimento de rotação, outras vezes também aparentando destacar-se do céu, aproximar-se da terra…’”5

Durante o milagre, o sol foi visto a precipitar-se sobre a terra e as pessoas pensaram que o fim do mundo havia chegado. O significado deveria ser óbvio: Fátima foi um sinal apocalíptico; foi um sinal de que o final estava próximo; que os acontecimentos precedentes à culminação do mundo e à segunda vinda de Jesus Cristo estavam para começar. Os homens devem emendar as suas vidas antes que chegue o verdadeiro fim do mundo.

Baseados em algumas destas considerações, muitos concluíram que a Nossa Senhora de Fátima é a mulher vestida de sol descrita no capítulo 12:1 do Apocalipse:

E apareceu um grande sinal no céuuma mulher vestida de sol, que tinha a lua debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.” (Apocalipse 12:1)

Os videntes de Fátima também relataram que a Nossa Senhora estava envolvida por uma torrente de luz — ela era mais brilhante que o sol. Isto é uma forte evidência de que a Nossa Senhora de Fátima é a mulher vestida de sol profetizada no capítulo 12 do Apocalipse. De facto, isto é uma impressionante confirmação de que a aparição de Nossa Senhora em Fátima foi o cumprimento da profecia do Apocalipse acerca da mulher vestida de sol.

O jornal diário maçónico, O Século, confirmou-o sensacionalmente sem saber sequer que a Nossa Senhora de Fátima era a mulher vestida de sol descrita em Apocalipse 12:1

Milagre do Sol operado pela Nossa Senhora de Fátima foi noticiado pelos jornais anticatólicos de Portugal inteiro. O jornal diário liberal, anticlerical e maçónico de Lisboa, O Século, enviou o seu editor chefe, Avelino de Almeida, para informar-se sobre o evento. Para seu crédito, ele noticiou honestamente sobre o prodígio solar. Chamamos a atenção sobre o cabeçalho do artigo de Avelino que foi publicado na edição de O Século em 15 de Outubro de 1917. Relatando o evento extraordinário de 13 de Outubro em Fátima, o seu artigo na edição de O Século de 15 de Outubro teve o seguinte cabeçalho:

“COMO O SOL BAILOU AO MEIO DIA EM FÁTIMA. As aparições da Virgem – Em que constituiu o sinal do céu – Muitos milhares de pessoas afirmam ter-se produzido um milagre – A guerra e a paz.”6

Note por favor que o jornal maçónico e anticlerical de Lisboa descreveu o evento de Fátima e o Milagre do Sol como “o sinal do céu.” Isto soa familiar?

Apocalipse 12:1: “E apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, que tinha a lua debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”

Vamos nós acreditar que o jornal maçónico de Lisboa tinha em mente o Apocalipse 12:1 quando publicou este artigo pouco depois do prodígio solar de 1917? Por acaso estes anticlericais estavam a considerar a possibilidade de que a aparição de Nossa Senhora constituía a mulher vestida de sol e o “sinal do céu,” descritos na Bíblia? Claro que não; nem sequer os católicos da altura tinham relacionado o sucesso de Fátima com a mulher vestida de sol, então muito menos iriam os anticlericais que nem sequer criam na Sagrada Escritura e provavelmente nem sequer sabiam acerca da profecia do Apoc. 12:1! Portanto, o cabeçalho do jornal foi uma confirmação feita por uma fonte pública e anti-católica de que as aparições da Nossa Senhora de Fátima e o milagre do Sol de 13 de Outubro foram de facto o sinal e o evento profetizados no Livro de Apocalipse, 12:1!

É quase como se perguntássemos a Deus: Senhor, como saberemos quando ocorrerá o “grande sinal do céu” que predissestes em Apocalipse 12:1? E o Senhor nos respondesse: basta leres o cabeçalho do jornal maçónico, porque, quando se der esse sinal, até aí será noticiado.

Este facto surpreendente, não só serve para confirmar que a Nossa Senhora de Fátima é a mulher vestida de sol de Apoc. 12:1, mas também confirma ainda mais a autenticidade da fé católica e da Sagrada Escritura.

Portanto, para finalmente completarmos o nosso ponto sobre Fátima e a sua conexão com o sucedido na Igreja Católica depois do Vaticano II, podemos dizer: visto que Fátima foi o sinal profetizado em Apoc. 12:1, isto significa que estamos na era apocalíptica, nos últimos dias do mundo.

Fátima, o sinal de Apoc. 12:1, e o grande dragão vermelho (o comunismo), o sinal de Apoc. 12:3, aparecem ambos em cena em 1917

O que dá ainda mais substância à ideia de que Fátima foi o “sinal” de Apocalipse 12:1 é o facto de que o Apocalipse fala do “grande dragão vermelho” apenas dois versículos adiante. A Escritura parece indicar que ambos apareceriam em cena ao mesmo tempo.

Apocalipse 12:3-4: “E foi visto outro sinal no céu; e eis aqui um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez cornos, e nas suas cabeças sete diademas [coroas]. E a cauda dele arrastava a terça parte das estrelas do céu, e as fez cair sobre a terra.”

Muitos comentaristas consideram que o “grande dragão vermelho” é o comunismo, posto que o comunismo se associa indubitavelmente com o vermelho, e foi responsável pelo assassinato de mais de 20 milhões de pessoas só na Rússia. Sob Vladimir Lenin, os bolcheviques tomaram a Rússia e instauraram o comunismo ― obtendo uma vitória significativa que iria fazer do comunismo uma potência mundial ― em 7 de Novembro de 1917, imediatamente após as aparições de Nossa Senhora de Fátima,que havia avisado acerca da propagação dos “erros da Rússia.”7 Mesmo hoje em dia fala-se da China comunista como a “China vermelha.” A revolução comunista na China foi estreada por homens que carregavam “enormes bandeiras vermelhas, dezenas de milhares de bandeiras vermelhas, e grandes quantidades de gobos vermelhos voando sobre eles.”8 As evidências de que o “grande dragão vermelho” descreve o Império Comunista são bastante fortes.

É também muito interessante que o grande dragão vermelho arrastara a terça parte das estrelas do céu:

Apocalipse 12:3-4: “E foi visto outro sinal no céu; e eis aqui um grande dragão vermelho... E a cauda dele arrastava a terça parte das estrelas do céu, e as fez cair sobre a terra.”

Será apenas uma coincidência que o comunismo, no seu apogeu, tenha submetido a terça parte do mundo sob as suas garras?

Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, pág. 418: “Quando Joseph Stalin entrou no Vale da Sombra da Morte, o movimento comunista internacional dirigido por ele, apoderou-se sob as suas garras de um terço do mundo.”9

Em 1957, a Irmã Lúcia de Fátima disse ao Padre Fuentes que estávamos nos últimos tempos

Irmã Lúcia de Fátima

Uma dos três videntes de Fátima, a Irmã Lúcia, disse ao Padre Fuentes em 1957:

“Padre, a Santíssima Virgem disse-me que nos encontrávamos nos últimos tempos do mundo, mas ela deu-me a entender por três razões. A primeira razão é porque ela disse-me que o demónio está operando a batalha decisiva contra a Virgem Maria. E uma batalha decisiva é a batalha final, da qual sairemos vitoriosos ou vencidos. Por isso, daqui em diante, deveremos escolher de que lado ficamos, ou estamos com Deus, ou estamos com o demónio; não há meio termo.

“A segunda razão é que ela disse a mim e aos meus primos que Deus está oferecendo os últimos dois remédios para o mundo. Estes são o Santo Rosário e a devoção ao Coração Imaculado de Maria. Estes são os últimos dois remédios, o que significa que não haverá outros.

“A terceira razão é porque sempre nos planos da Divina Providência, quando Deus castiga o mundo, Ele esgota antes todos os demais recursos; e quando vê que o mundo não faz caso de nenhum deles, então ― como dizemos no nosso modo imperfeito de falar ― Ele nos oferece com certa trepidação o último meio de salvação, a sua Santíssima Mãe. É com certa trepidação porque se desprezamos e rejeitamos este último meio, já não obteremos perdão algum do céu porque teremos cometido um pecado, que o Evangelho chama de pecado contra o Espírito Santo, que consiste em rejeitar abertamente, com todo conhecimento e vontade, a salvação que Ele nos oferece. Recordemos que Jesus Cristo é muito bom Filho e não permite que ofendamos e desprezemos a sua Santíssima Mãe, tendo como testemunho patente vários séculos da história da Igreja que, pelos castigos terríveis sobre aqueles que atacaram a honra da sua Santíssima Mãe, nos indica como o Nosso Senhor tem saído sempre em defesa da honra da sua Santíssima Mãe.”10

Como já dissemos, a característica principal dos últimos tempos é uma apostasia da fé católica. No “lugar santo” (Roma), estará “a abominação da desolação” (Mt. 24:15), e o engano será tão grande que se fosse possível, até os eleitos seriam enganados. (Mt. 24:24).O Novo Testamento nos diz que este engano irá ocorrer no coração das estruturas visíveis da Igreja, no “templo de Deus” (2 Tes. 2:4). E isso irá acontecer porque as pessoas não receberão o amor da verdade (2 Tes. 2:10). Esta é precisamente a razão por que as últimas palavras ditas por Nossa Senhora no grande segredo de 13 de Julho de 1917 foram:

“Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé, etc.”

Estas são as últimas palavras que nos foram ditas antes de começar o ainda não revelado Terceiro Segredo de Fátima. Apartir disto, os estudiosos de Fátima concluiram que o terceiro segredo refere-se sem dúvida a uma crise espiritual massiva e uma apostasia da fé católica entre aqueles que afirmam ocupar postos de autoridade na Igreja.

Uma vez que não conhecemos a frase completa das últimas palavras da Nossa Senhora na mensagem dada por ela em Julho de 1917, não podemos dizer ao certo o que estas significam; no entanto, a frase pode ser: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé num restante de fiéis…”; ou, “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé até a Grande Apostasia…”; ou, “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé entre aqueles que são realmente devotos a mim…” O terceiro segredo, sem dúvida alguma, trata da apostasia actual da seita do Vaticano II. Neste livro documentamos em grande detalhe esta apostasia.

Como foi citado no princípio desta secção, o Pe. Mario Luigi Ciappi, teólogo papal do Papa Pio XII, disse o seguinte sobre o terceiro segredo:

“No Terceiro Segredo [de Fátima] prediz-se, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará pelo cimo.”11

Outro “cardeal” da Igreja do Vaticano II admitiu incrivelmente que o Terceiro Segredo trata da apostasia pós-Vaticano II.

“Cardeal” Silvio Oddi: “… o Terceiro Segredo [de Fátima]… não se trata de uma suposta conversão da Rússia… mas diz respeito à ‘revolução’ na Igreja Católica.”12

Testemunhos de que o céu pediu que o Terceiro Segredo de Fátima fosse revelado o mais tardar em 196013

▫ O cónego Galamba: “Quando o bispo recusou-se a abrir a carta, Lúcia fê-lo prometer que seria aberta definitivamente e lida ao mundo após a sua morte ou em 1960, o que ocorresse primeiro” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pp. 46-47).

▫ John Haffert: “Na casa do bispo (em Leiria), à mesa, sentei-me à sua direita, com os quatro cónegos. Durante essa primeira cena, o cónego José Galamba de Oliveira dirigiu-se a mim quando o bispo saiu do quarto por um momento e me perguntou: ‘Por que não dizes ao bispo para abrir o Segredo?’ Cuidando de não mostrar minha ignorância acerca de Fátima ― que naquela época era quase completa ― simplesmente olhei para ele sem expressão. Ele continuou: ‘O bispo pode abrir o Segredo. Ele não necessita esperar até 1960 (Dear Bishop!, John Haffer, AMI 1981, pp. 3-4).

▫ O cardeal Cerejeira: Em Fevereiro de 1960, o patriarca de Lisboa relatou as instruções que o bispo de Leiria “lhe havia dado” sobre o assunto do Terceiro Segredo: “O bispo da Silva fechou (o envelope lacrado por Lúcia) dentro de outro envelope sobre o qual indicava que a carta teria de ser aberta em 1960 pelo mesmo bispo José Correia da Silva, caso ele ainda estivesse vivo, e em caso contrário, pelo patriarca cardeal de Lisboa” (Novidades, 24 de Fevereiro de 1960, citado por La Documentation catholique, 19 de Junho de 1960, col. 751).

▫ O cónego Barthas: Durante a sua conversa com a Irmã Lúcia entre 17 e 18 de Outubro de 1946, ele teve a oportunidade de perguntar-lhe sobre o Terceiro Segredo. Ele escreve: “Quando nos será revelada a terceira parte do segredo?” Já em 1946, responderam-me de maneira uniforme ― Lúcia e o bispo de Leiria ― a esta pergunta, sem duvidar e sem comentário: “Em 1960.” E quando levei a minha audácia tão longe ao ponto de perguntar sobre o porquê de ser necessário esperar até lá, a única resposta que recebi de ambos foi: “Porque a Santíssima Virgem deseja que assim o seja.” (Barthas, Fátima, merveille du XXe siecle, pág. 83, Fatima-editions, 1952).

▫ Os Armstrongs: Em 14 de Maio de 1953, Lúcia recebeu uma visita dos Armstrongs, que puderam fazer-lhe perguntas sobre o Terceiro Segredo. No seu relato, publicado em 1955, eles confirmaram que o Terceiro Segredo “teria de ser aberto e divulgado em 1960” (A. O. Armstrong, Fátima, peregrinação à paz, Ed. inglesa, The World’s Work, Kingswood, Surrey, 1955).

▫ Cardeal Ottaviani: Em 17 de Maio de 1955, o cardeal Ottaviani, pró-prefeito do Santo Ofício, visitou as carmelitas de Santa Teresa em Coimbra. Ele interrogou a Irmã Lúcia sobre o Terceiro Segredo; e em sua conferência de 1967 recordou: “A mensagem não deveria ser aberta antes de 1960. Eu perguntei à Irmã Lúcia, ‘Por que esta data?’ Ela respondeu, ‘Porque será mais claro nessa altura’” (La Documentation catholique, 19 de Março de 1967, col. 542).

▫ Padre Joaquim Alonso, arquivista oficial de Fátima: “Outros bispos também falaram ― e com autoridade ― sobre o ano 1960 como sendo a data indicada para abrir a famosa carta. Assim que, quando então o bispo titular de Tiava e bispo auxiliar de Lisboa perguntou a Lúcia quando deveria ser aberto o Segredo, foi-lhe dada sempre a mesma resposta: em 1960” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pág. 46).

▫ Padre Joaquim Alonso: “Quando Dom José, o primeiro bispo de Leiria, e a Irmã Lúcia acordaram que a carta deveria ser aberta em 1960, eles quiseram obviamente dizer que o seu conteúdo deveria ser tornado público para o bem da Igreja e do mundo” (ibid., pág. 54).

▫ Bispo Venâncio: “Eu penso que a carta não será aberta antes de 1960. A Irmã Lúcia pediu que não fosse aberta antes da sua morte, ou antes de 1960. Estamos já em 1959 e a Irmã Lúcia goza de boa saúde” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pág. 46).

▫ Padre Fuentes: Em 26 de Dezembro de 1957, o Padre Fuentes entrevistou a Irmã Lúcia, que lhe disse: “Padre, a Santíssima Virgem está muito triste, porque ninguém faz caso da sua Mensagem, nem os bons nem os maus. Os bons continuam os seus caminhos, mas sem dar importância alguma à sua Mensagem… Não posso detalhar mais, uma vez que é ainda um segredo.  Por vontade da Santíssima Virgem, só pode ser conhecido pelo Santo Padre e pelo Senhor Bispo de Fátima – mas nem um nem outro o quiseram ler, para não se deixarem influenciar.  Esta é a parte da mensagem [do Terceiro Segredo] da Nossa Senhora que irá permanecer em segredo até 1960.” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pp. 103-104).

▫ F. Stein: “Os testemunhos que têm anunciado a revelação do Segredo para 1960 são de peso tal e tão numerosos que, em nossa opinião, mesmo que as autoridades eclesiásticas de Fátima [em 1959, os próprios estudiosos do assunto estavam ainda na ignorância de que Roma havia pedido ao bispo de Leiria que lhes enviasse o segredo] não se resolvam a publicar o segredo em 1960, eles ver-se-ão forçados a fazê-lo pelas circunstâncias.” (Mensagem de Fátima, Julho-Agosto, 1959).

▫ Padre Dias Coelho: “… nós podemos servirmo-nos, como um facto inquestionável, desta afirmação do Dr. Galamba de Oliveira (em 1953) em Fátima, Altar do Mundo: ‘A terceira parte do Segredo foi lacrada nas mãos de Sua Excelência o bispo de Leiria, e será aberta, ou depois da morte da vidente, ou no mais tardar em 1960.’” (L'Homme Nouveau, No. 269, 22 de Novembro, 1959)

Todos estes testemunhos e declarações revelam claramente que os Céus queriam que o Terceiro Segredo de Fátima fosse revelado ao mundo inteiro não após o ano de 1960 — por tornar-se mais claro nessa altura.

Por que o Terceiro Segredo de Fátima se tornaria mais claro em 1960?

Foi em 25 de Janeiro de 1959 que João XXIII anunciou ter tido uma inspiração especial para anunciar subitamente um novo concílio ecuménico. Aliás, 25 de Janeiro foi o mesmo dia em que uma luz desconhecida iluminou o mundo antes da Segunda Guerra Mundial sobre os céus da Europa. Essa luz desconhecida que apareceu em 25 de Janeiro de 1938 foi predita por Nossa Senhora de Fátima como um sinal de que Deus iria punir o mundo com os eventos que foram revelados na segunda parte do segredo. Será o facto de  João XXIII ter convocado o Concílio Vaticano II em 25 de Janeiro, um aviso dos castigos que estavam por vir descritos no Terceiro Segredo?

Este concílio convocado por João XXIII em 1959 seria então o Vaticano II, cujos resultados desastrosos são o assunto deste livro. Será a convocação deste concílio em 1959 a razão pela qual nossa Santíssima Mãe pedira que o Terceiro Segredo de Fátima fosse revelado em 1960? Estava ela advertindo-nos directamente sobre a apostasia que iria resultar deste concílio, o qual deu a luz precisamente a uma nova, falsa contra-Igreja Católica, como veremos neste site? De facto, o único sinal ocorrido em 1960 a respeito da tremenda apostasia na qual vivemos neste preciso momento, o único que iria efectivamente tornar as coisas “mais claras,” foi o anúncio que João XXIII fez da sua intenção de convocar um novo concílio em 1959. Na nossa opinião, é muito óbvio que o Terceiro Segredo de Fátima diz respeito à apostasia resultante de um falso concílio; se assim não fosse, o Terceiro Segredo não faria mais sentido em 1960, como o disse nossa Santíssima Mãe.

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Notas finais:


1 A comunicação pessoal de Ciappi ao Professor Baumgartner em Salzburgo, citado no livro The Devil's Final Battle compilado por Paul Kramer,  Good Council's Publication, 2002; também citado pelo Pe. Gerardo Mura, “The Third Secret of Fatima: Has It Been Completely Revealed?", na publicação Catholic (editada pelos Redentoristas Transalpinos, Islas Orcadas, Escócia, Grã Bretanha), Março de 2002.

2 William Thomas Walsh, Our Lady of Fatima, Doubleday Reprint, 1990, pág. 81.

3 William Thomas Walsh, Our Lady of Fatima, pág. 80.

4 William Thomas Walsh, Our Lady of Fatima, pp. 145-146.

5 William Thomas Walsh, Our Lady of Fatima, pág. 148.

6 Jornal português, O Século, 15 de Outubro de 1917.

7 Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, Front Royal, Virginia: Christendom Press, pág. 93.

8 Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, pág. 538

9 Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, pág. 418

10 Entrevista à Irmã Lúcia pelo Padre Fuentes, citada na edição inglesa The Whole Truth About Fatima, por Fr. Michel de Sainte Trinite, Buffalo, NY:Immaculate Heart Publications, vol. 3, pág. 503 nf [nota].

11  A comunicação pessoal de Ciappi ao Profesor Baumgartner em Salzburgo, citado acima.

12 Silvio Oddi, The Meek Watchdog of God, Roma: Progetto Museali Editore, 1995, pp. 217-218.

13 Citações deste ponto compiladas pela página web edição inglesa: http://www.tldm.org/news/in_1960.htm


Do livro: A Verdade sobre o que Realmente Aconteceu a Igreja Católica depois do Vaticano II

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