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Santa Brígida e suas profecias para os nossos tempos


                   Com informações biográficas e sobre profecias retiradas da obra de Beppe Amico



SANTA BRÍGIDA nasceu no ano 1302, na majestosa província de Uppsala (Suécia), no Castelo de Finsta, em Norrtälje. Seus pais pertenciam a uma Família Real de cristãos fervorosos e piedosos; em tudo conciliavam a fé e a vida. Era uma família admirada por toda a corte e até em outros reinos...

    Até os seus três anos de idade, a pequena Brígida não falava. Repentinamente, falou com impressionante facilidade e desenvoltura. Aos sete, teve sua primeira experiência mística conhecida: viu Nossa Senhora, que lhe sorria, e sobre a sua cabeça colocou sua majestosa coroa(!). Depois, desapareceu.

    Aos dez anos, depois de ouvir um sermão na igreja local sobre a Paixão de Cristo, impressionaram-lhe muito as crueldades e terríveis sofrimentos infligidos a Nosso Senhor. Alguns dias depois, teve uma outra visão, de Cristo pregado à Cruz, coberto de chagas, e o Salvador a lhe dizer estas palavras: “Olha em que estado me encontro, minha filha”. Ela perguntou: “Jesus, quem te fez isto?”, ouvindo como resposta: “Aqueles que me ofendem e não querem o meu amor”. Tal visão deixou uma profunda e indelével marca em seu coração.

    Também aos dez anos de idade experimentou a dor da separação: sua mãe adoece gravemente e falece. Era, portanto, o ano 1312: seu pai, sentindo-se desorientado, enviou a pequena Brígida para a casa de sua cunhada Catarina, em Aspanäs.

    Ao completar quatorze anos, e atendendo às ordens de seu pai e parentes, Brígida casa-se com Ulf Ulväsa, príncipe da Nércia. Com este homem nobre em mais de um sentido, viveu um matrimônio feliz por belos 28 anos. Como frutos desse casamento, vieram ao mundo oito filhos, sendo quatro meninos e quatro meninas.

    Carlos, o mais velho, veio a se tornar homem de vida desregrada. Dois outros meninos morreram ainda crianças, e o quarto era Gudmaro. As mulheres se casaram; a terceira, ficando viúva, tornou-se religiosa e santa: foi canonizada como Santa Catarina da Suécia. A quarta filha entrou para a Ordem de Cister, também como religiosa.

    Santa Brígida e seu bom marido realizaram muitas peregrinações a lugares santos, inclusive a Santiago de Compostela. Em comum acordo, fizeram votos e se consagraram a Deus inteiramente. Foram então morar em uma humilde casa perto do Mosteiro de Alvastra. Ali, Ulf foi acometido de grave enfermidade e, não suportando, veio a falecer no ano de 1344. Brígida, viúva, agiu de acordo com sua vocação para a santidade, permanecendo na mesma casa por mais quatro anos, em oração e penitência.

    A despedida do marido amado foi, por certo, difícil e triste, mas Brígida encarou tudo com serenidade e fé inabalável, como verdadeira cristã. Deus age de maneiras misteriosas, e foi a partir daí que começou uma fase importantíssima na vida da santa: depois de distribuir todos os seus bens aos pobres e necessitados, suas visões se tornaram mais numerosas e frequentes. As revelações divinas não lhe vinham mais através de sonhos, mas sim quando estava desperta e em oração. Muitas vezes entrava em êxtase.

Certa vez, em uma visão, Jesus lhe disse: "O que eu te falo não é somente para ti, (...) mas por meio de ti falarei ao mundo". Santa Brígida era a primeira na sucessão real; era ela a Princesa Real da Suécia. Todavia, invocando o Espírito Santo, conseguiu o que queria: esquivar-se da realeza para se dedicar unicamente ao Reino de Deus.

    As visões e revelações de Santa Brígida se referiam aos assuntos mais polêmicos de sua época; muitos historiadores reconhecem que, graças a essas visões, muitos acordos de paz foram firmados, e também acertos políticos entre Estados deram-se em função das revelações dadas a Brígida. Todas essas experiências foram escritas (em latim) pelo prior do Mosteiro de Santa Maria, Pe. Pedro de Skninge, que era confessor e confidente de Santa Brígida.

    Por revelação divina à Santa Brígida, fundou-se em Vadstena um Monastério e, depois, a Ordem do Santíssimo Salvador. Seu ministério apostólico compreendeu sua austeridade, sua devoção e peregrinação aos santuários, sua severidade consigo mesma e sua bondade para com o próximo, além de sua entrega total aos cuidados dos sofredores e doentes.

    Em 1349, Santa Brígída viajou para Roma a fim de conseguir autorização para fundar a nova ordem. Enquanto aguardava a volta do Papa de Avijnon, ela residiu perto da Igreja de São Lourenço, e, nas imediações, ela, uma princesa, em extrema humildade, esmolava em favor dos necessitados. Somente em 1368 conseguiu de Urbano V que, depois de várias modificações, aprovasse as regras de sua ordem.

    Em 1371, viajou à Terra Santa; regressou a Roma em 1373, já aos seus 71 anos de idade. Santa Brígida sentia, então, que suas forças se esvaneciam, vindo a falecer logo em seguida; foi sepultada na Igreja de São Lourenço, em Roma. Mais tarde, seu corpo foi transladado para a Suécia em atenção ao seu próprio pedido.

    Em 1391, Santa Brígida da Suécia foi canonizada por Bonifácio IX e elevada à categoria de Padroeira da Suécia e Co-Patrona da Europa.

    A Ordem por ela fundada perdura até hoje, denominada “Ordem do Santo Salvador”, chamada “Ordem Brigidina”.

O tempo presente e as profecias de Sta. Brígida

Consta dos escritos de Santa Brígida que Nosso Senhor, referindo-se aos últimos tempos, disse-lhe:

“...40 anos antes do ano 2000 (nos anos 1960, portanto), o demônio será deixado solto, por um tempo.”

“Um sinal dos eventos que marcarão o fim dos tempos será este: os sacerdotes deixarão de usar o hábito santo e se vestirão como pessoas comuns; as mulheres se vestirão como os homens e os homens como as mulheres.”

“…Esta é a hora de Satanás, que tem a infame intenção de destruir a minha Criação...”

    Encerramos com uma importante advertência: há muitas supostas profecias atribuídas a Santa Brígida que podem ser encontradas na internet. Porém, é preciso extremo cuidado e seriedade ao se analisar tais conteúdos, porque há muita falsidade e/ou material sem apresentação de fontes que não merece crédito.


* * *

As Revelações de Santa Brígida receberam um grau excepcionalmente alto de autenticidade,  autoridade e importância desde o início. O Papa Gregório XI (1370–78) aprovou, confirmou-os e julgou-os favoravelmente, assim como Bonifácio IX (1389-1404), na Bula Ab Origine Mundi (n. 39, de 7 de julho de 1391). Mais tarde, foram examinados no Concílio de Constança (1414-18) e no de Basileia (1431-49), ambos julgando-os em conformidade com a Fé católica; As revelações também foram fortemente defendidas por inúmeros teólogos conceituados, incluindo Jean Gerson (1363-1429), Chanceler da Universidade de Paris, e Cardeal Juan de Torquemada (1388-1468).

Oração a Jesus Crucificado, por Santa Brígida

CATÓLICO, aprenda a defender a sua Fé!

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Publicado na revista O FIEL CATÓLICO n.21

Ref.: AMICO, Beppe. La vita e le preghiere di Santa Brigida di Svezia, Raleigh: Lulu Enterprise, 2014.

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