Fonte: A grande guerra
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Algumas anotações feitas pelo blogue A grande guerra do livro:
Santa Rita
por
Padre Agostinho Rueli
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Divisão das anotações:
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I– Infância e juventude
II– Esposa e mãe
III– Viúva e religiosa
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O livro foi composto por trechos selecionados do livro: Notas biográficas de Santa Rita de Cássia, de autoria do Padre Agostinho Rueli, Agostiniano, no ano de 1929.
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I- Infância e juventude
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Santa Rita nasceu no ano 1381 em uma vilazinha a três quilômetros de Cássia na Itália, chamada Rocca Porena, lugar de difícil acesso por caminho íngreme.
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Filha de Antônio e Amata Mancini, muito piedosos e conhecidos como “pacificadores de Cristo” na cidade, pois apaziguavam os vizinhos inimigos entre si, ou em litígio, com boas obras e bom exemplo. Quando Santa Rita nasceu, sua mãe tinha 62 anos, todos consideravam Rita como um prodígio do Céu, o nome Rita é a forma reduzida de Margherita, que significa pérola.
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Infância
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– Foi verdadeiramente extraordinário e maravilhosa a luminosidade que de tempos em tempos era vista circundando a cabecinha da menina.
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– Mamava o leite apenas três vezes ao dia e nas sextas-feiras fazia jejum, ainda neném. Os que conversavam entre si a respeito da sobriedade da menina em mamar tão pouco e abster-se de qualquer alimento às sextas-feiras, já prognosticavam a exímia virtude da abstinência e da penitência que, mais tarde, ia ser praticada por Santa Rita.
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– Sinal certo de que Rita foi prevenida da grande bênção de doçura é o prodígio das abelhas que vinham, com frequência, esvoaçar sobre a menina, entrando e saindo da boca da santa sem lhe fazer nenhum dano, esse tipo de abelhas que se vêem até hoje no Mosteiro de Cássia, escondidas em pequenas frestas, costumam sair todos os anos, na Semana da Paixão. Essas abelhas são bem diferentes das que conhecemos, não têm ferrão e não picam quem as toca, parecem destinadas a simbolizar as virtudes da doçura e mansidão da santa.
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Juventude
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Tomando conhecimento pelos pais dos favores com os quais tinha sido favorecida, santa Rita logo compreendeu que deveria agradar a Deus em todos os seus atos.
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– Procurava abster-se de brinquedos e travessuras infantis.
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– Prestava muita atenção às orações de seus pais e esforçava-se para aprendê-las de cor e as recitava com piedade.
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– Foi da educação que recebeu dos pais e da formação religiosa que recebia na Igreja, que adquiriu uma devoção especial para com Nossa Senhora, e também era devota de São João Batista, por essa devoção veio-lhe a estima da solidão, Santo Agostinho, provinha o amor de Deus e São Nicolau de Tolentino, fez-lhe apreciar a mortificação e a penitência.
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– Ainda na juventude dentre os afazeres domésticos, meditava muito, e sempre foi muito obediente aos pais, mas se algo que eles mandavam a pudesse afastar de Deus, a santa resistia-lhes com muito jeito. Certo dia, a mãe queria enfeitá-la e vesti-la para que a filha ficasse bonita, elegante e atraente, a santa negou-se…
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– Amava a solidão, e queria que os pais permitissem-lhe ficar em um quartinho bem escondido, onde pudesse meditar na Paixão de Nosso Senhor, os pais sabiam que a filha viera de uma graça especial de Deus e não contrariaram a filha. Ali ela permaneceu por um ano inteiro, e dele somente desejaria sair para continuar a viver em um convento, como esposa de Cristo.
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– Se entregava as austeras penitências e jejuns, e se dedicava muito aos cuidados dos pobres.
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– Tinha muita caridade para com as almas do purgatório.
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– Com seu bom exemplo as moças a buscavam para pedir conselhos.
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II- Esposa e mãe
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Noivado
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Santa Rita, queria ser freira no mosteiro das Agostinianas de Cássia, esperava apenas a hora oportuna para falar aos pais, porém esses já em idade avançada e pensando nas dificuldades da velhice se opuseram a vontade da filha, destinando-a a vida conjugal.
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Deus queria fazer da santa modelo de mãe e esposa e a consolou.
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Seu noivo era o jovem Paulo Ferdinando, natural de sua cidade, Santa Rita entendia o estado matrimonial como uma missão especial de caridade, para ganhar para Deus a alma do marido e da prole que o Céu lhe desse.
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Casamento
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Paulo Ferdinando, que a princípio parecia ser um bom homem, mostrou-se um carrasco, batendo e ameaçando a esposa, vivendo em vida de bebedeira, um esposo muito violento. Santa Rita procurava calar-se, falava muito pouco, estudava o modo de tratar com ele, esperava as ocasiões oportunas para conversar com o marido e lhe fazer ver a sua injustiça.
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Depois de muita oração e sofrimento, Paulo Ferdinando se converte, uma vitória que Santa Rita alcançou não com a arma da língua, mas com a eficácia do bom exemplo.
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Porém pouco tempo depois Paulo foi cruelmente assassinado… muita tristeza, não tanto pela preocupação do sustento dos pequenos, mas sobretudo porque temia pela sorte da alma de Paulo Ferdinando.
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Educação dos filhos
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Santa Rita perdoou os assassinos, mas os filhos, que herdaram do pai o gênio colérico não, e conforme os dias iam passando eles arquitetavam a vingança da morte do pai.
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E com toda a responsabilidade moral sobre os filhos, e aflita com a idéia deles mancharem a alma com o pecado mortal recorreu a Deus em suas orações para que mudasse o coração dos filhos ou os chamassem naquela idade juvenil.
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Deus ouviu as preces da santa e no espaço de um ano, levou-os para a eternidade, tinham 15 anos, e Santa Rita por volta de 35 anos.
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III- Viúva e religiosa
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Santa Rita santificou e honrou o estado de viuvez, se entregou às obras de religião e a oração.Tomou a resolução de entrar no Mosteiro de Santa Maria Madalena, das religiosas Agostinianas, mas seu pedido foi negado pois o costume do mosteiro proibia a entrada de viúvas, a santa não quis insistir com a superiora e recorreu à proteção da Virgem Santíssima e de seus santos protetores.
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Entrada no Mosteiro – No alvorecer de certo dia, as religiosas Agostinianas de Cássia encontraram Rita dentro do seu mosteiro em posição de quem rezava com devoção, as irmãs com muito espanto ouviram Santa Rita dizer que estava em oração noturna em Rocca Porena, quando ouviu que a chamavam do lado de fora de sua casa, abriu a porta e viu-se diante de seus santos protetores, os quais deram-lhe a ordem de se dirigir para o mosteiro sob a direção deles, obedeceu e viu-se de repente naquele lugar.
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Entrada no Mosteiro – No alvorecer de certo dia, as religiosas Agostinianas de Cássia encontraram Rita dentro do seu mosteiro em posição de quem rezava com devoção, as irmãs com muito espanto ouviram Santa Rita dizer que estava em oração noturna em Rocca Porena, quando ouviu que a chamavam do lado de fora de sua casa, abriu a porta e viu-se diante de seus santos protetores, os quais deram-lhe a ordem de se dirigir para o mosteiro sob a direção deles, obedeceu e viu-se de repente naquele lugar.
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Diante desse milagre ela foi recebida com muita alegria no mosteiro, e sua fama de santidade aumentou entre os moradores da cidade.
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Virtudes – Santa Rita fez o ano de noviciado e jurou os votos solenes, desejava para si os serviços mais humildes e baixos do convento, por amor a pobreza, escolheu a cela mais escura, estreita e incômoda; dormia sobre a terra nua ou sobre uma tábua; como vestimenta só teve um hábito que envergaria ate à morte.
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Flagelava-se rudemente três vezes ao dia, uma pelas almas do purgatório, outra pelos benfeitores do mosteiro e a terceira pela conversão dos pecadores.
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Dormia com o cilício à cintura, ou vestida com uma túnica tecida de espinhos.
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Também era muito obediente. Vendo a obediência da santa sua superiora mandou-lhe que plantasse num canto do pátio um galho inteiramente ressecado de vinha e o regasse todos os dias. Santa Rita cumpriu essa obrigação pacientemente por um ano, depois disso a planta produziu flores e frutos. É a mesma planta que ainda hoje, passados mais de cinco séculos, se conserva frutífera, embora esteja plantada em terra pouco favorável, não sendo adubada ou cuidada, e no mês de novembro é possível colher os grandes e saborosos cachos de uvas nascidos dessa planta.
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Amor ao Crucificado – Desde muito nova a santa sempre meditava sobre a Paixão de Nosso Senhor, criando raízes profundas na alma da santa, a tal grau chegou sua contemplação que, algumas vezes, quinze dias seguidos não eram suficientes para meditar os mistérios.
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Um dia depois de ouvir um sermão pregado por São Tiago da Marca, em Cássia, sobre a Paixão, Santa Rita senti-se mais inflamada no desejo de ter em seu corpo um sinal doloroso da Paixão, recolhida então em um oratório no velho jardim do mosteiro, viu desprender-se da imagem do Crucificado um espinho da Coroa que cingia a cabeça de Jesus e, rápido como uma flecha, finco-se na sua testa, causando-lhe uma dor profunda, esse ferimento a acompanhou até a morte, e devido ao mau cheiro da ferida infeccionada, Rita passou a viver isolada das demais freiras.
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Ida à Roma – No ano de 1450 ocorreria à canonização de São Bernardino de Sena, falecido 6 anos antes. Santa Rita desejava muito ir à Roma para homenageá-lo, foi pedir licença à superiora, mas devido a sua ferida, que causava repugnância seu pedido foi negado; então a santa rezou para que Deus afastasse dela aquele obstáculo, pediu para que as dores continuassem mas que a ferida desaparecesse, e suas preces foram aceitas.
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E quando retornou de Roma a ferida reapareceu, causando muita alegria em Santa Rita e mais admiração ainda das pessoas; a fama de sua santidade se espalhava e muitos recorriam a ela em busca de conselhos e para recomendarem às suas orações.
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Morte – O sofrimento da ferida piorava a cada dia, e uma enfermidade desconhecida nos últimos anos de sua vida causava-lhe mais tormentos que a ferida.
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Rita morreu na idade de 76 anos, a 22 de maio de 1457 depois de ter recebido os sacramentos. No momento em que as religiosas se dirigiam para a igreja a fim de cantar em ação de graças pela morte de Rita, os sinos do mosteiro foram tocados por mãos invisíveis, atraindo muitas pessoas até lá.
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Sua cela úmida e escura foi iluminada por grande esplendor, todos sentiam um perfume especial que se espalhava por todo o mosteiro.
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Incorrupção do corpo – No ano de 1626 depois de 169 anos da morte da santa, seu corpo foi examinado e apareceu como se tivesse morrido recentemente.
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Em outro exame realizado 56 anos depois do primeiro, o corpo foi encontrado “íntegro, incorrupto, com as feições nítidas e coisa admirável, com os olhos abertos”.
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No terceiro exame realizado 247 anos depois de sua morte feito no ano de 1704 o corpo continuava intacto e incorrupto com a mesma aparência e frescor. Dos três milagres propostos e aprovados para a canonização de Santa Rita, esse odor sobrenatural é o primeiro em ordem e em dignidade.
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Cito trecho do livro:
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“O odor suave e intenso da cela da Santa logo após a sua morte encheu de admiração todos os que o sentiram. Em redor do corpo de Rita tem continuado, por séculos, a derramar-se o mesmo aroma prodigioso..Deus exaltou a Santa Rita naquele mesmo corpo que pelas penitências, pelas doenças e pelo repugnante cheiro da chaga, fora objeto de desprezo e de abandono.Eis o que se narra acerca desse odor perene no processo sobre os milagres examinados para a canonização de Rita:.“Tanto as testemunhas, quase unânimes, como a opinião pública, falam de um odor agradável proveniente do corpo da Bem-aventurada Rita, e de tudo que tenha tocado nele, Ninguém sabe precisar a natureza desse cheiro; todos, porém, o afirmam celestial. Sente-se até fora da igreja e espalha-se pelos lugares afastados do mosteiro. Não se pode atribuir a aromas derramados no corpo, porque não os houve; não se desprende das flores, ao lado, sobre o altar vizinho, porque as freiras têm especial cuidado em não permitir objetos olorosos a que se pudessem atribuir mistificações por parte das religiosas. A intensidade, a difusão e a constância, por tanto tempo, desse ordor, são provas de que se trata de um fato para ser admirado e digno de sobrenatural consideração”..A ciência fecha-se num círculo vicioso, do qual não sabe sair… é obrigada a confessar a sua ignorância na explicação desse fenômeno! Por essas razões, e por muitas outras de ordem moral, que se lêem no processo, é forçoso concluir que o aroma desprendido do corpo de Santa Rita, é sobrenatural, é um verdadeiro milagre”..
Urbano VII a beatificou em 1628 (171 anos depois de sua morte); e a canonização em 1900, 443 anos depois por Leão XIII.
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