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Wall Street Journal: ‘Como o Papa Francisco se Tornou o Líder da Esquerda Global’

“A esquerda mundial vê claramente uma oportunidade de se apropriar do prestígio do papado para as suas causas”
Sensus fidei: Este é um artigo doloroso de se redigir, mas que em sã consciência requer sua publicação como um alerta, em razão do pesado silêncio que neutraliza quase todo o clero dito conservador assim como quase todas as grandes mídias oficiais católicas sobre assuntos altamente relevantes da realidade da “nova Igreja”, dos tempos e dos contraditórios rumos que gradualmente tudo isso vem tomando.
Apesar de a informação em questão ser claramente tendenciosa, será que ainda podemos continuar afirmando que o Wall Street Journal estaria apenas distorcendo a figura, as intenções e as declarações do Papa Francisco? Ou estamos invariavelmente a testemunhar o maior acontecimento da história do Pontificado, cujo supremo mandato do Senhor em apascentar e confirmar a Fé do rebanho contra as imposturas do mal tornou-se nesses contraditórios tempos em fonte de inspiração e suporte para ideólogos, ativistas e militantes revolucionários do mundo, em nome de um estranho evangelho puramente social-ambiental e uma misericórdia que prescinde da justiça divina?
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No artigo da edição de hoje do WSJ, 22 de dezembro de 2016, assinado por Francis X. Rocca e com o título “Como o papa Francisco se tornou o líder da esquerda global”, lemos perplexos o que para muitos católicos se apresenta como motivo de orgulho e júbilo natalino:
Quando o Papa Francisco oferecer sua mensagem de Natal neste fim de semana, ele irá fazê-lo não apenas como o chefe da Igreja Católica, mas como o implausível porta-estandarte para muitos progressistas de todo o mundo.
Com forças conservadoras e nacionalistas em ascensão em muitos lugares e com figuras como o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente francês François Hollande em saída, muitos de esquerda — de socialistas na América Latina a ambientalistas da Europa — todos estão olhando para o octogenário Pontífice como sua liderança.
Em perfeita sincronia com a alarmante manchete do WSJ, o Papa Francisco neste mesmo dia 22 de dezembro, durante o seu discurso anual de Natal para altos funcionários do Vaticano, expôs sua visão da reforma que está a implementar nas estruturas do Vaticano. Ao mesmo tempo, ele dubiamente identifica tudo o que é estável e tradicional, assim como aqueles que resistem ou criticam a sua visão revolucionária e heterodoxa de maneira mais contundente, como pessoas com “más intenções” e que, segundo ele, são “inspiradas pelo diabo”. O Papa, embora admitindo que há “bons casos de resistências”, a “resistência malévola” a suas reformas “se refugia nas tradições” e são “inspiradas pelo diabo”. Segundo o Pontífice, essas resistências, que podem ser abertas, ocultas e até malévolas, germinam em mentes doentes e aparecem quando o diabo inspira más intenções (muitas vezes disfarçadas sob pele de cordeiros).
“Este último tipo de resistência esconde-se por trás das palavras justificadoras e, em muitos casos, acusatórias, refugiando-se nas tradições, nas aparências, nas formalidades, no conhecido, ou então em querer reduzir tudo a um caso pessoal, sem distinguir entre o ato, o ator e a ação”. [Cf. Rádio Vaticano – Papa: “Reforma seja conforme à Boa Nova e aos sinais dos tempos”]
A quem estaria o Santo Padre se referindo aqui? Provavelmente não ao Cardeal Kasper e seus aliados. [Cf. Há 16 anos Professor Orlando Fedeli já Alertava Sobre o Perigo das Teses Gnóstico-Modernistas do Cardeal Walter Kasper]

Ativistas de base dirigidos pelo Papa

Mas, retomando o artigo do Wall Street, um militante ativista, provavelmente agregado a uma das organizações financiadas por Soros e seus altos clérigos aliados do Vaticano, revela as inspirações e sua admiração pelo Papa e o reforço que este último oferece às suas “questões morais”: [cf. Atrás das Portas de Bronze: Lacaios radicais de Soros compactuados com o Vaticano e Vazamento de e-mails revela que George Soros pagou US$ 650.000 para influenciar bispos durante visita do Papa aos EUA].
“O papa Francisco realmente inspira muita gente a querer lutar. Tenho certeza de que se ele não fosse a face da Igreja Católica, ele estaria na rua com a gente”, disse Bleu Rainer, um ativista na “Luta por US $ 15” um movimento do salário mínimo em Tampa, Flórida, que viajou a Roma no mês passado para um encontro internacional de ativistas de base dirigido pelo papa. “Ele reforça nossas questões e as tornam questões morais”.
Curiosamente, o artigo desse jornal pertencente ao coração do capitalismo anglo-saxão prossegue elencando todos os tópicos da agenda da nova ordem mundial para a qual o Papa Francisco vem se mostrando claramente solícito e mesmo aliado em muitos pontos, assim como dúbio, silencioso e reticente em outros pontos mais graves.
Em todo o seu pontificado, em nome de justiça social e democracia, o papa tem demonstrado simpatia e complacência com ditadores revolucionários que, em defesa de suas ideologias e políticas totalitárias, revelam-se verdadeiros transgressores dos direitos humanos
O artigo enfatiza a abordagem de Francisco em relação as três reuniões anuais consecutivas de “movimentos populares” que incluíram ativistas de base a trabalhadores não sindicalizados e camponeses sem terra (como MST e outros saqueadores do gênero ao estilo de militância revolucionária inspirada em Gramsci e Alinsky) em países em desenvolvimento, bem como grupos americanos como os incendiários Black Lives Matter e proponentes de um salário mínimo mais elevado. Segundo o jornal, na última reunião em novembro o papa disse aos ativistas que “revitalizem e reformulem nossas democracias, que estão vivenciando uma verdadeira crise” e “a se envolverem em políticas de alto nível” em seus países. O articulista ressalta ainda o co-patrocínio católico para outro encontro desse gênero na Califórnia em fevereiro, “focado na pobreza, na migração e na justiça racial”. [Cf. Fabricante de Papas: O Sindicato de Soros]
A organização católica PICO, juntamente com o bilionário George Soros têm aproveitado oportunidades no sentido de explorar a autoridade moral do papado para fomentar a ação política radical do Black Lives Matter, ativistas do Partido Democrata também financiados por Soros.
Os chamados “movimentos populares”, uma das táticas estratégicas do movimento revolucionário para subversão cultural, serve-se dos denominados “excluídos” e “minorias”, mas, nada mais fazem senão mantê-los nesta condição, usando-os para implementar guerrilhas, saquear propriedades alheias e promover caos social. Estes movimentos são calorosamente defendidos pelo atual Pontífice como “revitalizadores da democracia” e implementadores de “políticas de alto nível”.
Oportunidade para a esquerda revolucionária mundial
Ainda no artigo do WSJ, Samuel Gregg, diretor de pesquisa do Instituto Acton, uma thinktank com sede em Michigan com uma abordagem religiosa, de livre mercado, assume: “A esquerda mundial vê claramente uma oportunidade de se apropriar do prestígio do papado para as suas causas”.
Apesar de reconhecer que as opiniões de Francisco o aliaram com grupos que se opõem a alguns dos ensinamentos morais da igreja e que muitos ambientalistas apoiam medidas de controle populacional como forma de limitar os danos ecológicos, essas posições esbarram na doutrina católica que proíbe o aborto e o controle artificial da natalidade. Diz o artigo: “O papa denunciou a discriminação contra gays e pediu compaixão e compreensão para as pessoas trans, mas ele não aceita o casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
Mídias do movimento LGBT, para defender suas ideologias, apropriam-se da imagem do Papa Francisco e de seu famoso slogan “quem sou eu para julgar”
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Em nome do humanismo, da defesa dos pobres e do meio ambiente, movimentos revolucionários de índole abertamente globalista fazem do Papa o seu garoto propaganda e de sua encíclica ‘Laudato si’ o novo código para suporte e defesa na imposição global do eco-alarmismo pseudocientífico
No entanto, o artigo conclui com a opinião relativista e complacente do arcebispo Silvano Tomasi, um funcionário do gabinete do Vaticano sobre questões de justiça social:
O papa reduziu a estranheza de suas alianças progressivas, deixando de lado questões espinhosas de ética sexual e médica e enfatizando aspectos comuns como justiça econômica e proteção ambiental. As relações políticas de Francisco se inclinam para a esquerda, diz Dom Tomasi, “não porque seja marxista ou porque seja esquerdista, mas porque [esses grupos] representam… as feridas da sociedade”.
Desde que o conceito de esquerda-direita é um falso dilema, como vemos, paradoxalmente, o Papa Francisco tem bons aliados: a elite capitalista anglo-saxônica lhe oferecendo subsídios econômicos para organizar e inspirar ativismos e movimentos claramente revolucionários socializantes/comunizantes, autoproclamados representantes e defensores de “excluídos” e “minorias” e, inacreditavelmente, a admiração dos próprios ativistas e militantes desses movimentos revolucionários. Além disso, o apoio incondicional de um mundo globalizado, superficial, emancipado de Deus e mergulhado na soberba do pecado e da impenitência, incluindo a maioria dos católicos, a reivindicar seus “direitos” de não serem julgados como são.
Na “Nova Religião”, o novo conceito de “Redenção social”, proclamado urbi et orbi pelo próprio Papa, substitui o conceito de “Redenção espiritual” proposto por Nosso Senhor Jesus Cristo
Ainda que bem-intencionado e com pontos positivos em sua concepção e senso de responsabilidade como Vigário de Cristo, ao servir-se de toda a estrutura da Igreja Católica, da influência de seu primado, da heterodoxia de algumas de suas doutrinas, pronunciamentos e homilias [cf. Atualização “Denzinger-Bergoglio”: 160 estudos comparativos entre o Magistério perene da Igreja de Cristo e as doutrinas heterodoxas de Jorge Mario Bergoglio] e, agora, pondo em questão os Sacramentos do Matrimônio, da Penitência e da Eucaristia em Amoris Laetitia, sua pertinaz determinação em implementar as reformas para uma “Igreja em saída” não podem ser impedidas, ainda que alguns elementos fundamentais da Fé Católica esbarrem no ensinamento perene e contrário de seus 265 antecessores, ainda que contrariem o mandato do próprio Deus.
Já em 1889, o apóstolo precoce do reconhecido maçom, ocultista, cabalista, Martinista e mago, Joseph Alexandre Saint-Yves d’Alveydre, um dos pais e propagador da Divina Sinarquia, amigo de Stanislas de Guaïta e membro junto com ele da Ordre de la Rose Kabbalistique-Croix, o apóstata Abade Rocca resume objetivamente o plano maçônico para a inoculação da “religião do Homem” na Igreja para subverter em vez de abolir a Fé Católica. Rocca define essa nova “religião do homem” com o novo conceito de “Redenção social” que, ao ser proclamada urbi et orbi pelo próprio Papasubstituirá o conceito de Redenção espiritual proposto por Nosso Senhor Jesus Cristo”. “Nova religião, novo dogma, novo ritual, novo sacerdócio”. Os novos sacerdotes seriam os “progressistas”. A batina seria “suprimida” e ele previa, eufórico, o “casamento dos padres”.[1]
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Nota:
[1] Cf. Abbé Roca, La fin de l’Ancien Monde (Paris: J. Levey 1886) p. 282, como citado em Mystere D’iniquité, p. 33. Cf. Rudolph Graber. Athanasius and the Church of our Time, p. 31-40.
Fontes de consulta:
http://www.sensusfidei.com.br/2016/12/23/wall-street-journal-como-o-papa-francisco-se-tornou-o-lider-da-esquerda-global/#.WGfs3PorJdg

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