Ir. João Antônio Johas Leão.
“A Eucaristia é 'fonte e ápice de toda a vida cristã'. Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa”.
Assim nos fala o Catecismo da Igreja quando começa a refletir sobre esse sacramento tão precioso que Nosso Senhor instituiu. Quando ele diz que a Eucaristia é “fonte e ápice”, o Catecismo está citando uma passagem importante do Concílio Vaticano II, que podemos encontrar no documento chamado Sacrosanctum Concilium. E aqui podemos entender de maneira mais geral a celebração Eucarística, mas também o sacramento da Eucaristia mesmo, presença real de Jesus no meio de nós.
É um mistério de fé muito bonito. Para os que estão de fora, certamente parece um pouco estranho que nos vejam adorando o que se parece a um pedaço de pão, tanto na forma quanto no sabor. E é que a presença de Cristo nas espécies eucarísticas é única, nos diz o Catecismo. Com as palavras do sacerdote, as oferendas são transformadas. Santo Ambrósio afirma com bastante força: “Estejamos persuadidos de que isto não é o que a natureza formou (ou seja, pão e vinho), mas o que a bênção consagrou, e que a força da benção supera a da natureza, pois pela benção a própria natureza é mudada”.
Os santos nos dão mostras de como isso se dá. Todos eles compreenderam de maneira profunda e existencial que Jesus está presente ali na Eucaristia.
Mesmo na vida dos católicos esse mistério muitas vezes não chega a penetrar até o mais profundo do coração. Como somos, especialmente nos dias de hoje, muito ligados aos nossos sentidos, fica difícil ir além deles para encontrar a Deus naquele pedaço de pão. Por isso é muito bom pedir ao Senhor que continuamente aumente a nossa fé. Para que possamos reconhecê-lo e adorá-lo no Santíssimo Sacramento do altar. Não se trata de negar os nossos sentidos pois, a não ser por uma graça especial de Deus, não deixaremos de ver e de sentir o pão e o vinho. O desafio é que a luz da fé ilumine nosso entendimento e que possamos ver, com os olhos da fé, a Deus presente no altar.
Os santos nos dão mostras de como isso se dá. Todos eles compreenderam de maneira profunda e existencial que Jesus está presente ali na Eucaristia. Por isso a sua reverência no trato com esse sacramento. Por isso a dor de ver como tantas vezes ele foi, e continua sendo, profanado, esquecido, deixado de lado. Esse é, aliás, um bom termômetro para saber como anda a nossa fé na Eucaristia. Qual é a minha experiência ao ver Jesus nessas situações dolorosas atualmente? Me importo que Ele esteja esquecido em muitas capelas na minha cidade e no mundo? Sofro quando uma Igreja é profanada?
Nossa Senhora com certeza pode nos mostrar uma atitude santa com relação a isso. Ela que esteve na presença real de Jesus durante toda sua vida e que continuou nessa presença certamente nas celebrações que se seguiram na Igreja nascente. Como ela sofreu com tudo o que Jesus sofreu. Como se compadeceu e permaneceu próxima dele, inclusive de pé, aos pés da Cruz que O matou. Peçamos a ela que nos ajude a ser cada vez mais reverentes com a presença de Jesus no meio de nós.
“A devoção à Eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por objeto; é a mais salutar porque nos dá o próprio autor da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor. Se os anjos pudessem sentir inveja, nos invejariam porque podemos comungar.” (Papa São Pio V)
http://www.a12.com/formacao/detalhes/a-devocao-dos-santos-e-a-eucaristia
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