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Bispo Português: “Sem Páscoa não há vida, não há futuro”

Beja – Portugal (Sexta-feira, 07-04-2017,  Gaudium Press )  Dom João Marcos, bispo de Beja, Portugal, escreveu uma mensagem para sua diocese, tendo em vista a Semana Santa que logo se inicia. E o prelado convida seus diocesanos a celebrar o novo tempo litúrgico a partir já do Domingo de Ramos. Dom João Marcos afirmou que “sem Páscoa não há futuro” na sociedade atual, onde “parece que Deus sobra”. Para o bispo de Beja, “Anunciar a Páscoa neste nosso contexto, convidar pessoas para celebrarem a Morte e a Ressurreição de Jesus […] é quase como tentar vender roupas de verão no pico do inverno ou apregoar chapéus-de-chuva no deserto, onde não chove”. Dom João Marcos convida a dar importância “ao que é importante” e alerta para as “idolatrias de sempre” e para as “superstições de novo reabilitadas”. Ele frisa também que, apesar dos tempos serem outros, o faraó do Egito, símbolo bíblico de opressão sobre a humanidade, é “o mesmo de sempre”, não mudaram os seus “desígnios sinistros”

Comentário por Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157) Abade cisterciense Sermão sobre os Ramos

«Bendito o que vem em nome do Senhor» É sob dois aspetos bem diferentes que a festa de hoje apresenta aos filhos dos homens Aquele que a nossa alma deseja (Is 26,9), «o mais belo dos filhos dos homens» (Sl 44,3). E ele atrai o nosso olhar sob esses dois aspetos; amamo-lo sob um e sob o outro, porque num e noutro Ele é o Salvador dos homens. [...]  Se considerarmos ao mesmo tempo a procissão de hoje e a Paixão, vemos Jesus, por um lado sublime e glorioso, por outro humilhado e doloroso. Porque na procissão Ele recebe honras reais, e na Paixão vemo-Lo castigado como um malfeitor. Aqui cercam-No a glória e a honra; além «não tem aparência nem beleza» (Is 53,2). Aqui temos a alegria dos homens e o orgulho do povo; além temos «a vergonha dos homens e o desprezo do povo» (Sl 21,7). Aqui aclamam-No dizendo: «Hossana ao Filho de David. Bendito seja o Rei de Israel que vem!» Além vociferam que merece a morte e escarnecem dele porque Se fez Rei de Israel. Aqui correm para Ele com palmas

Domingo de Ramos: Papa, Jesus está presente nos que padecem tribulações como Ele

Papa durante a missa do Domingo de Ramos - REUTERS 09/04/2017 11:09   Cidade do Vaticano (RV) - Inicia-se neste Domingo de Ramos (09/04) a Semana Santa. O Papa Francisco presidiu a missa deste domingo, na Praça São Pedro, que contou com a participação de vários fiéis e peregrinos, cerca de quarenta mil pessoas. “Esta celebração tem, por assim dizer, duplo sabor: doce e amargo. É jubilosa e dolorosa, pois nela celebramos o Senhor que entra em Jerusalém, aclamado pelos seus discípulos como rei; ao mesmo tempo, porém, proclama-se solenemente a narração evangélica de sua Paixão. Por isso, o nosso coração experimenta o contraste pungente e prova, embora numa medida mínima, aquilo que deve ter sentido Jesus em seu coração naquele dia, quando rejubilou com os seus amigos e chorou sobre Jerusalém”, disse o Pontífice. “Há trinta e dois anos a dimensão jubilosa deste domingo tem sido enriquecida com a festa dos jovens: a Jornada Mundial da Juventude, que, este ano, se celebr

Homilia: Domingo de Ramos - Ano A São Cirilo de Alexandria Comentário sobre o livro de Isaías 4 “A Paixão de Cristo e sua preciosa cruz são segurança e muro inacessível para quem nele crê”

Cristo, apesar de sua natureza divina e sendo por direito igual a Deus Pai,  não se prevaleceu de sua divina condição, mas humilhou-se até submeter-se à morte e morte de cruz . Realmente, sua Paixão salutar abateu aos principados e triunfou sobre os dominadores deste mundo e deste século, libertou a todos da tirania do diabo, e nos reconduziu a Deus. Suas chagas nos curaram e, carregado com os nossos pecados, subiu ao lenho; e, deste modo, enquanto Ele morre, nos sustenta na vida, e sua Paixão se tornou a nossa segurança e muro de defesa. Aquele que nos resgatou da condenação da Lei, nos socorre quando somos tentados. E para consagrar ao povo com seu próprio sangue, morreu fora da cidade. Por isso, repito, a Paixão de Cristo, sua preciosa cruz e suas mãos perfuradas significam segurança, em um muro inacessível e indestrutível para aqueles que creem n’Ele. Por isso Ele diz acertadamente:  Minhas ovelhas escutam minha voz e me seguem, e Eu lhes dou a vida eterna . E também:  Ni

MEDITAÇÃO PARA A QUINTA SEMANA DA QUARESMA O AMOR AO PRÓXIMO DEVE TER A MEDIDA DO NOSSO AMOR A CRISTO

Primeiro Ponto - A Cruz nos ensina a olhar com vivo interesse tudo o que envolve o nosso próximo De fato, a Cruz nos mostra: (i) o nosso próximo, qualquer que seja ele, é um homem que é tão amado por Jesus Cristo que, para salvá-lo, desceu do céu à terra, se fez homem, deu seu sangue, sua honra, sua liberdade e sua vida e se identificou com cada filho de Adão ao dizer: 'tudo o que fizerdes ao menor dos teus irmãos é a Mim que o fazeis e tudo que recusardes a ele, é a Mim que o recusais'. Segue-se, pois, ser evidente, sob pena de ofender a Nosso Senhor Jesus Cristo, que é nosso dever olhar com vivo interesse tudo o que envolve o nosso próximo: sua saúde, sua reputação, sua honra, suas alegrias, suas tristezas, suas conquistas e revezes de fortuna. Ser indiferente aos interesses de uma pessoa tão querida por Nosso Senhor; ofendê-la, humilhá-la, prejudicá-la ou escandalizá-la é ofender a Jesus Cristo no mais íntimo do ser. Todos os interesses do nosso próximo nos de

DOMINGO DE RAMOS: JESUS FAZ A SUA ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM

Ecce rex tuus venit tibi mansuetus, sedens super asinam et pullum filium subiugalis  — “Eis que o teu Rei aí vem a ti cheio de mansidão, montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho do que está sob o jugo” (Matth. 21, 5). Sumário.  Imaginemos ver Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém. O povo em júbilo lhe vai ao encontro, estende seus  mantos na estrada e juncam-na de ramos de árvores. Ah! Quem teria dito então que o Senhor, acolhido agora com tão grande honra, dentro em poucos dias teria de passar ali como réu, condenado à morte? Mas é assim: O mundo muda num instante o  Hosanna  em  Crucifige . E não obstante isso somos tão insensatos, que por um aplauso, por um nada nos expomos ao perigo de perdermos para sempre a alma, o paraíso de Deus. I. Estando próximo o tempo da Paixão, o nosso Redentor parte de Betânia para fazer a sua entrada em Jerusalém. Contemplemos a humildade de Jesus Cristo, que, sendo o Rei do céu, quer entrar naquela cidade montado numa jumenta

A PAIXÃO E MORTE DE JESUS CRISTO: AMOR INFINITO

O Eterno Pai nos amou tanto, que nos deu o seu único Filho, e o Filho amou tanto os homens que se ofereceu voluntariamente aos opróbrios, sofrimentos e à morte na cruz para, com seu sangue, ser o nosso resgate. Assim, este amantíssimo Salvador ofereceu o seu amor imenso para satisfazer a vontade do Pai e a salvação da humanidade. Jesus suou sangue no Jardim das Oliveiras, foi açoitado, coroado de espinhos, condenado, escarnecido, destinado a suportar os opróbrios e ignomínias, sofrendo a punição devida a todos os pecados e servindo de sacrifício geral pelo pecado, tendo-se tornado como se fosse um pecado vivo, como um anátema. Jesus quis morrer em amor, por amor, e para mostrar o seu amor. "Foi sacrificado, diz Isaías, porque o desejou". Sendo o seu corpo por direito, imortal e impassível, por causa da glória de sua alma, tornou-o mortal e passível por milagre e por amor. Quis até depois da morte ter o lado aberto para que víssemos e adorássemos aquele Coração que tanto