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O FRUTO DA PAIXÃO

'Eu cumpro em mim o que falta à Paixão de Jesus Cristo.' Destas palavras do apóstolo São Paulo, tirarei as considerações da simples instrução que me resta fazer-vos como complemento de tudo que deixei dito sobre a Paixão. Meditamos bastante em várias pregações este adorável Mistério, no qual tantos atributos de Deus se nos revelam: a Sua onipotência, sabedoria, santidade, justiça e bondade. A sua onipotência – porque vimo-lo na Paixão triunfar do universo pelos meios aparentemente mais vis e fracos. A sua sabedoria – porque vimo-lo conciliar maravilhosamente os direitos da Justiça com os desejos da Misericórdia, punindo o pecado e ao mesmo tempo perdoando ao pecador. A sua santidade – porque vimo-lo punir inexoravelmente o Inocente, só porque se lhe mostrou revestido das aparências do pecado. A sua bondade – porque entregou o seu Filho à morte para nos salvar. Revelando-se assim os atributos de Deus, o Mistério da Paixão revela também a enormidade do pecado,

JESUS NO DESERTO E AS TENTAÇÕES DAS ALMAS ESCOLHIDAS

Iesus ductus est in desertum a spiritu, ut tentaretur a diabolo  — “Jesus foi levado pelo espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Matth. 4, 1). Sumário . Meu irmão, se o Senhor permite que sejas tentado, não desanimes, porquanto vê nisso um sinal de que Ele te ama e te quer fazer mais semelhante a Jesus Cristo, que, como refere o Evangelho de hoje, foi também tentado. Esforça-te, porém, a exemplo do próprio Redentor, por empregar todos os meios para seres vencedor. Especialmente refreia as tuas pequenas paixões desordenadas, mortificando-as pela penitência e recorre sempre a Deus pela oração contínua. I. Os trabalhos que mais afligem nesta vida às almas amantes de Deus, não são tanto a pobreza, a enfermidade e as perseguições, como as tentações e as securas espirituais. Quando a alma goza da amorosa presença de Deus, todas as tribulações, em vez de a afligirem, mais a consolam, fornecendo-lhe a ocasião para oferecer a Deus algum penhor de seu amor. Mas ver-se pela te

QUANTO JESUS DESEJA UNIR-SE CONOSCO NA SANTA COMUNHÃO

Desiderio desideravi hoc Pascha manducare vobiscum, antequam patiar ― «Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes que padeça» (Luc 22, 15). Sumário . Nenhuma abelha esvoaça com tanta avidez sobre as flores para lhes sorverem o mel, como Jesus vai morar nas almas que o desejam. Eis porque no Evangelho nos convida tantas vezes a que nos aproximemos dele na santa Comunhão. Faz tantas promessas e tantas ameaças, para manifestar o grande desejo que tem de unir-se conosco. Que ingratidão, pois, se não correspondemos a tão grande amor! Jesus Cristo chama hora sua a noite em que devia começar a sua paixão. Mas como é que pode chamar uma hora tão funesta a sua hora? É porque foi a hora por ele almejada em toda a sua vida, visto que havia determinado que naquela noite havia de nos deixar a santa Comunhão, destinada a consumar a sua união com as almas diletas, pelas quais devia em breve dar o sangue e a vida. Eis aqui o que naquela noite Jesus disse a seus discípulos: 

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AO CARDEAL RIVERA CARRERA POR OCASIÃO DO ENCONTRO CONTINENTAL PARA A AMÉRICA SOBRE O "COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA"

Ao Senhor Cardeal NORBERTO RIVERA CARRERA Arcebispo-Primaz do México Por ocasião do Encontro Continental para a América sobre o  Compêndio da doutrina social da Igreja  que se realiza nessa cidade, é-me grato dirigir uma cordial saudação aos organizadores e participantes, provenientes dos diversos países americanos, que assistem a este importante Encontro movidos pelo seu compromisso na evangelização da vida social. Realiza-se assim o desejo do meu venerado Predecessor, o Servo de Deus João Paulo II, o qual indicou a utilidade de um "compêndio ou síntese autorizada da doutrina social católica"  ( Ecclesia in America ,  54), consciente da importância prioritária que o conhecimento e a difusão da doutrina social da Igreja ocupa. De facto, o mencionado Compêndio é um instrumento valoroso, que facilita nos diversos âmbitos um estudo mais profundo e sistemático das orientações da Igreja no campo político, social e económico, favorecendo ao mesmo tempo

BEM-AVENTURADO O QUE NÃO QUER OUTRA COISA SENÃO A DEUS

Beati pauperes spiritu, quoniam ipsorum est regnum coelorum  ― “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Matth .  5, 3). Sumário . Persuadamo-nos bem de que só Deus pode contentar-nos; mas não contenta senão àqueles que são pobres de espírito, isso é, de desejos terrestres, e nada querem fora dele. Se, portanto, nós também queremos achar a verdadeira felicidade, desfaçamo-nos de todo o afeto à terra, entreguemo-nos a Deus sem reserva e digamos freqüentes vezes: Senhor, disponde de mim, e de tudo que é meu, segundo o vosso agrado; eu não quero senão o que Vós quereis. Pelos pobres de espírito entendem-se aqueles que são pobres de desejos terrestres e nada querem fora de Deus. Estes são pobres nos desejos, mas não na realidade, porque desde a presente vida vivem contentes. Por isso o Senhor não diz: Deles será , mas: deles é o reino dos céus:   Ipsorum est regnum coelorum ; porquanto já nesta terra são ricos em bens espirituais que de Deus recebem. A

QUANTO É DOCE A MORTE DO JUSTO

Iustorum animae in manu Dei sunt, et non tanget illos tormentum mortis  ― “As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte” (Sap. 3, 1) Sumário . É assim: os tormentos, que na morte afligem os pecadores, não afligem os santos, porque já antes desse tempo deixaram pelo afeto os bens terrestres, consideraram as honras como fumo e vaidade e viveram desapegados dos parentes, amando-os só em Deus. D’outra parte, que felicidade morrer entregando-se nos braços de Jesus Cristo, que quis sofrer uma morte tão amarga, a fim de nos obter uma morte doce e cheia de consolação! Irmão meu, se na primeira noite a morte te colhesse, qual seria a tua morte, a do justo ou a do pecador? É assim: os tormentos que na morte afligem os pecadores, não afligem os santos:  Non tanget illos tormentum mortis ― “ Não os tocará o tormento da morte ”. Os santos não se abalam com esse  Proficiscere, anima ― “ Parte, ó alma ”, que tanto assusta os mundanos. Os santos não se afligem

Pé-frio. A derrota carnavalesca de Dom Odilo.

Há semanas o laicato católico está em polvorosa: Nossa Senhora Aparecida foi usada no carnaval 2017, e com total apoio de Dom Odilo e da CNBB. O Cardeal de São Paulo chegou a escrever um artigo para defender a alegada homenagem, contando com o apoio entusiasta de decadentes “celebridades” da música católica, como os diminutivos Padres Zezinho e Joãozinho, além de rebolados de padres cantores e assanhados comerciais na TV Aparecida. E a massa aplaude: Dom Odilo é do balacobaco! Contudo, nada detém o azar de Dom Odilo. É inacreditável! Tudo que este senhor toca seca imediatamente! Ele se consagrou como uma espécie de Mick Jagger brasileiro. Os fatos não negam! Ele tem um histórico nada invejável. Confiram: Tentou  conseguir a presidência da CNBB .  PERDEU! Tentou  ganhar o Conclave de 2013, e tinha até escolhido seu nome de papa , segundo a sua própria família.  PERDEU! Estava no Conselho de Finanças do Vaticano.  Foi demitido .  PERDEU! Capitaneou a reforma política da