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São João Paulo II profetizou a invasão da Europa pelos islâmicos em nossos tempos


Por Valerio Pece, La Nuova Bussola Quotidiana
Tradução: Fraternidade São Próspero


A islamização da Europa segue em pleno curso e a ritmo acelerado

Vejo a Igreja do terceiro milênio afligida por uma praga mortal. Chama-se Islã. Invadirão a Europa. Vi hordas marcharem do Ocidente para o Oriente, do Marrocos para a Líbia, do Egito para os países orientais.

EIS A CHOCANTE visão de S. João Paulo II, até agora desconhecida do público. Mons. Mauro Longhi, sacerdote da Prelazia Opus Dei, testemunha uma confissão alarmante, que deve nos deixar a todos muito atentos e tem potencial para provocar convulsões. O Monsenhor, que esteve muitas vezes em contato pessoal com o Papa polonês, durante seu longo pontificado, tornou público o episódio ocorrido no Eremo dei Santi Pietro e Paolo, em Bienno (norte da Itália), durante uma conferência organizada para celebrar João Paulo II, aos 22 de outubro deste 2017, dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica do novo santo.

Para fazer os devidos esclarecimentos e dar o contexto da visão profética de Karol Wojtyla, relatada por um sacerdote acima de toda suspeita (Mons. Longhi gozou da estima pessoal não só de João Paulo II, mas também de Bento XVI, a ponto de ter sido chamado, em 1997, para integrar o Dicastério da Congregação para o Clero), precisamos de algumas referências geográficas e cronológicas.

Importante notar que a confissão do Papa Wojtyla remonta a março do ano 1993, duas décadas e meia passadas, quando a situação e a presença islâmica na Europa era, social e numericamente, muito diferente da atual.

Entre 1985 e 1995, o jovem economista da Universidade milanesa Luigi Bocconi, Mauro Longhi (ordenado sacerdote em 1995), acompanhou e hospedou regularmente, de quatro a cinco vezes por ano, ao longo de uma década, o Papa Wojtyla em seus famosos passeios de esqui pelas montanhas. Mons. Longhi o hospedava no que hoje em dia corresponde à casa de veraneio do Seminário Internacional da Prelazia do Opus Dei; na época, porém, tratava-se de uma simples casa de campo, reservada aos membros da Obra em preparação para o sacerdócio e o ensino de Teologia. Encontramo-nos na província de Áquila, na direção de Piana delle Rocche, Ocre:

O Santo Padre saía de Roma de forma bem discreta, acompanhado geralmente de outro carro, o de seu secretário, Mons. Stanislaw Dziwisz, ou de algum outro amigo polonês. Ao chegar ao pedágio da rodovia, o único lugar em que poderia ser reconhecido, ele costumava fingir uma leitura, escondendo-se atrás de um jornal.
Assim começou a conferência de Mons. Longhi, dando início a uma série infinita de histórias interessantíssimas (quase sempre acompanhadas, já que contadas por um zeloso pastor, das oportunas explicações teológicas). Mas foi sem dúvida nenhuma com o Karol Wojtyla místico, de quem pouquíssimo que se sabe, que Mons. Longhi conseguiu a atenção dos que foram a Bienno participar do evento. Trata-se do Papa que Mons. Longhi encontrou à noite, na capela da casa da montanha, ajoelhado por horas num banco de madeira desconfortável em frente ao Tabernáculo. É o Papa a quem surpreendia, sempre de noite, falando, às vezes com entusiasmo, com o Senhor ou com sua Mãe amada, a Virgem Maria.

Mons. Longhi contou o que certa vez lhe confidenciou o cardeal polaco Andrzej Deskur, que foi companheiro de João Paulo II no seminário clandestino da Cracóvia: “Ele tem o dom da visão”. Quando perguntado sobre o que isso queria dizer, respondeu: “Ele fala com Jesus, Deus encarnado; vê-lhe o rosto e também o de sua Mãe”. “Desde quando?”, retorquiu Longhi. “Desde a sua primeira Missa, no dia 2 de novembro de 1946, durante a elevação da Hóstia. Ele estava na cripta de São Leonardo, na Catedral de Wawel, em Cracóvia, onde celebrou sua primeira Missa, oferecida em sufrágio pela alma de seu pai”.

Andrzej Maria Cardeal Deskur,
amigo íntimo de S. João Paulo II
Mons. Longhi acrescenta que o segredo revelado pelo cardeal Deskur – e aqueles olhos fixos de Wojtyla cada vez que levantava o Cálice e a Hóstia – pode ser entendido lendo-se a última Encíclica de João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia. No número 59 da conclusão, o Papa polonês recorda sua primeira Missa e acaba por revelar o mistério que o acompanhou durante toda a vida: “Meus olhos concentram-se sobre a Hóstia e sobre o Cálice onde o tempo e o espaço de certo modo estão ‘contraídos’ e o drama do Gólgota é representado ao vivo, desvendando a sua misteriosa ‘contemporaneidade’”.

Entre os muitos relatos de Mons. Longhi, porém, o que mais impactou seus ouvintes, e que se insere numa das das tantas caminhadas que fizeram juntos pelo Maciço do Gran Sasso, é sem dúvida o que se refere ao Islã e à Europa. Estavam os dois estão encostados em uma rocha, comendo um sanduíche e esperando a chegada do grupo que integravam, quando S. João Paulo II confidenciou sua visão. Segue abaixo o relato textual o relato do revmo. mons. Longhi:

Olhei para ele pensando que talvez precisasse de algo; ele percebeu que eu o fitava enquanto sua mão tremia: era o início do Parkinson. 'Meu caro Mauro, é a velhice', disse-me. Respondi-lhe: 'Não, Santidade, o senhor ainda é jovem'. Quando o contradizia assim em nossas conversas familiares, ele ficava furioso: 'Não é verdade! Se digo que estou velho é porque estou velho!'...

[Segundo o Mons., foi precisamente o passar do tempo e o início da doença que levaram o Papa polonês a sentir a urgente necessidade de comunicar a alguém aquela visão mística]

Wojtyla mudou então o tom de voz e, confiando-me uma de suas visões noturnas, disse: 'Lembre aos que você encontrará na Igreja do terceiro milênio: vejo a Igreja afligida por uma praga mortal, mais profunda, mais dolorosa do que a deste milênio' –, disse-o em referência ao comunismo e ao nazismo –, 'chama-se islamismo. Invadirão a Europa. Vi hordas marcharem do Ocidente para o Oriente', e descreveu-me um a um os países, do Marrocos à Líbia e daí ao Egito, até chegar ao Oriente.

O Santo Padre acrescentou: 'Invadirão a Europa, a Europa será arruinada, uma sombra do que foi outrora, como uma lembrança de família. Vocês, Igreja do terceiro milênio, têm o dever de conter esta invasão. Mas não com armas: elas não são suficientes; antes, com a sua fé, vivida integralmente'.








Em grandes passeatas no Reino Unido (você não leu errado), muçulmanos berram frases como as dos seus cartazes: "A Europa é um câncer, o Islã é a resposta!"; "Para o inferno com a liberdade, não à democracia, queremos só o Islã!"; "Sharia para o Reino Unido!" e "Massacrem quem insulta o Islã!" ou "Decapitem quem insulta o Islã!"...
Eis o precioso testemunho de alguém que durante anos esteve em contato direto e estreito com o Santo Padre, com quem concelebrou inúmeras vezes. Não por acaso, hoje em dia está esquecida a Exortação Apostólica Ecclesia in Europa, de 2003 (leia), na qual S. João Paulo II fala claramente de uma relação com o Islã que deveria ser, ao mesmo tempo, “correta” e conduzida com “prudência, mas com clareza de ideias acerca das suas possibilidades e dos seus limites” (n.57). Apesar da linguagem típica de um documento magisterial, sóbrio e contido por natureza, o Santo Padre parecia advertir para que os cristãos conhecessem o islamismo “de modo objetivo” (n. 57).

Estamos diante de uma leitura e de verdades que precisam ser ditas, que nos foram dadas por um Papa santo, canonizado, mas não são, já que hoje todo tema considerado "politicamente incorreto" é evitado –, inclusive, e talvez até principalmente, pela alta hierarquia da Igreja, muito empenhada na promoção de um "ecumenismo" que não raras vezes omite a própria proclamação da Verdade.
Trata-se, portanto, de um paradigma, sobretudo quando se considera outro trecho da Exortação Ecclesia in Europa, no qual S. João Paulo II, após estigmatizar “o sentimento de frustração dos cristãos que acolhem, por exemplo na Europa, crentes de outras religiões dando-lhes a possibilidade de exercerem o seu culto, e [...] se vêem proibidos de exercer o culto cristão nos países onde tais crentes são a maioria” (n.57), afirma, a respeito dos fluxos migratórios, ser imprescindível “a firme repressão dos abusos” (n.101).

Estamos, insistimos, diante de uma leitura politicamente incorreta do Islã, feita aliás por um Papa santo: uma leitura “profética”, num primeiro momento, convertida depois em ensinamento magisterial (aquela chocante visão deve tê-lo influenciado a escrever a Exortação Ecclesia in Europa).

“Seremos invadidos pelo Islã”. Certamente esta profecia já está se concretizando. Enquanto políticos, mídia e "artistas" europeus, a título de "chamar ao debate e à reflexão", continuam massacrando sem dó nem piedade a religião cristã, nos seus valores e seus símbolos, o Islã cresce e ganha cada vez mais e mais espaços. De maneira aparentemente inexorável, vai-se apagando a Luz na Europa, enquanto se reduz a pó e a meras recordações. S. João Paulo II o previu, alertou. Ainda hoje, convida -nos a resistir à invasão dos anticristãos de toda espécie (e são muitos), simplesmente, com a fé vivida na sua integridade.

* * *

O testemunho de Mons. Longhi (com sua referência à proximidade da terrível visão mística do Papa) merece ser conhecido na íntegra. Sua conferência está disponível no vídeo abaixo (a partir do minuto 48 pode-se ouvir o relato de que falamos aqui).
Fonte:
PECE, Valerio. La visione di Giovanni Paolo II: 'L'islam invaderà l'Europa', em:
http://www.lanuovabq.it/it/la-visione-di-giovanni-paolo-ii-lislam-invadera-leuropa
Acesso 21/11/2017
http://www.ofielcatolico.com.br/2007/11/sao-joao-paulo-ii-profetizou-invasao-da.htmlwww.ofielcatolico.com.br

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