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Pecado, pena e sanção na Mensagem de Fátima.


Agradecemos a honra que nos dá o Dr. Ricardo Dip por fornecer, para publicação exclusiva em FratresInUnum.com, a conferência por ele pronunciada no Domus Pacis, em Fátima, no último dia 19 de abril, em evento do Consejo de Estudos Hispánicos Felipe II, de Madri.
* * *
Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz” (Visão do inferno -aparição da Virgem em 13-7-1917, na Cova da Iria).
Por Ricardo Dip
1 . A escassez de tempo que circunstancia a perpetração desta pequena palestra −calcada na tríade “pecado, pena e sanção” nas mensagens fatimenses− já inibe muitíssimo a excursão por inúmeros caminhos periféricos que são sugeridos pela riquíssima história das aparições da Virgem Santíssima e do Anjo de Portugal, no Cabeço, na Cova da Iria, no Valinhos e na cidade espanhola de Tuy, a três pastorinhos lusitanos −Lúcia dos Santos e seus primos Francisco e Jacinta Marto.
Dezenas de milhares de pessoas acompanham missa em homenagem à Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima, em Portugal. Nos últimos dias, uma multidão de peregrinos se dirigiu ao local para celebrar o aniversário da primeira aparição da santa, em 13 de maio de 1917, segundo a crença católica. Nesta sexta-feira (13), são esperadas 250 mil pessoas no Santuário Francisco Leong/AFP Photo
Mas não parece bem queixar-se só (e talvez sequer principalmente) do tempo concedido para proferir-se esta comunicação. É que os documentos e estudos sobre o conjunto das “Mensagens de Fátima” são tamanhamente vultosos que não se poderia mesmo, de toda a sorte, esperar razoavelmente desta palestra mais do que uma pequena recolha seletiva de alguns capítulos desta maravilhosa história −melhor dizendo: do mais significativo episódio histórico− de nosso século XX.
2. Embora as expressões “Mensagem de Fátima” ou “Segredo de Fátima” possam compreender-se em um sentido estrito, referente apenas às manifestações dirigidas, no período de maio a outubro de 1917, por Nossa Senhora aos três pastorinhos portugueses, não se pode excluir a concorrência de um significado mais largo nessas expressões, para nelas abranger as três aparições do Anjo da Paz, em 1916, no monte do Cabeço, e também −de maneira particularmente relevante− a mensagem de Tuy, recebida pela Irmã Lúcia, aos 13 de junho de 1929, mensagem esta que prescreve o modo de um ato consagratório decisivo para definir a sorte da humanidade.
3. Em qualquer dessas manifestações, há uma constância referencial às ideias de pecado −blasfêmias, ofensas−, de pena −a guerra, a doença, a fome, o inferno, as perseguições, o martírio dos bons, o aniquilamento de nações− e de sanção premial: a cura, o fim da guerra. O reatus pœnæ não se superará enquanto não se suplantar o reatus culpæ, porque a pena é o pretium da culpa, ou seja, nas lúcidas lições do Santo Padre Pio XII, a recomposição metafísica da ordem violada (o precio do desprecio).
Com efeito, já na primeira aparição do Anjo da Paz −o Anjo de Portugal−, num dia indeterminado dos fins da primavera de 1916, lecionou-se aos pastorinhos esta oração reparadora:
Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-vos! Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e vos não amam!”,
e a isto sucedeu, em uma segunda aparição desse Anjo, a referência a “orações e sacrifícios”, recomendando-lhes ele:
De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar”.
Aos mesmos pastorinhos, em 13 de maio de 1917, a Virgem falou de “sacrifícios”, “sofrimentos”, “reparação dos pecados”, “conversão dos pecadores”, “blasfêmias”, “ofensas”, e ensinou-lhes que a oração diária do Rosário levaria a obter “a paz para o mundo”, ensinamento que reiterou na aparição de 13 de julho seguinte: “Rezai o Rosário todos os dias com a intenção de obter o fim da guerra” −ou seja, da Primeira Guerra Mundial. “Rezai muito, fazei sacrifícios pelos pecadores…” (19-8-1917), “continuai rezando o Rosário para obter o fim da guerra” (13-9-1917), “é necessário que os homens se corrijam, que peçam perdão por seus pecados”, “que não ofendam mais a Nosso Senhor, que está já demasiado ofendido” (13-10-1917).
E é assim que o liame entre o prêmio da paz, a oração e a conversão é afirmado com todas as letras, pois que −assim consta expressamente da mensagem da terceira aparição fatimense da Virgem (13-7-1917): “só Nossa Senhora pode alcançar esta graça aos homens”, e a oração e metanoia, neste quadro, ocupam a função penitenciária substituinte da pena estatuída na mensagem.
4. Há, no entanto, uma passagem que parece caiba entender mais fundamental na consideração deste vínculo pecado-pena-sanção meritória no conjunto do segredo de Fátima. Essa passagem é a que corresponde às palavras da Virgem logo após a “visão do inferno”, que se deu na terceira das aparições:
Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. 
Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração, e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá, e terão paz. Se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados. O Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á à Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal, se conservará sempre o dogma da Fé, etc.…”.
5. As penas cominadas nesta mensagem são a da guerra, a da fome e a das perseguições à Igreja e ao Santo Padre, e para evitá-las duas coisas pediu a Senhora de Fátima: a comunhão reparadora nos primeiros sábados e a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Adotados que fossem estes pleitos da Virgem, a Rússia converter-se-ia e haveria paz −“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá, e terão paz”. De não se adotarem, porém, o remédio seria o castigo −com a Rússia espalhando seus erros pelo mundo, com “guerras”, com “perseguições à Igreja”, com “aniquilação de nações”, com o “sofrimento do Santo Padre”, até que, a final, ainda que tardio o indicado ato de consagração, venha o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
6. Vamos deter-nos aqui no exame de apenas um dos meios evasivos das penas estatuídas na mensagem: a consagração da Rússia ao Coração Imaculado de Maria −“O Santo Padre consagrar-me-á à Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz”. Na terceira aparição, a Virgem anunciara que ainda viria pedir a consagração da Rússia a Seu Imaculado Coração, pedido que se consumaria no ano de 1929, com a mensagem de Tuy.
Ainda os mais rigorosos observantes das sentenças triunfalistas que afirmam a realização do versado ato consecratório da Rússia ao Coração de Nossa Senhora não podem, eles próprios, negar os fatos perseverantes e atualíssimos das guerras, da fome, da persecução à Igreja e da perseguição ao Papado.
De 1939 −data que marca o início da II Guerra Mundial, ao tempo do Pontificado de Pio XI− até nossos dias, não somente a guerra foi um status extensa e constante em nosso mundo, mas, o que muito agudiza o tema, a guerra se tornou qualitativamente pior, não apenas em razão do maior poder destrutivo das forças, senão que também por frequentemente não se excluírem as metas civis. Passamos, com efeito, de guerras mundiais −fenômeno que não se conhecia antes do século XX− à guerra total, em que todos, todos, militares e civis, adultos, mulheres e crianças, são parte do objetivo da guerra, e em que toda a cultura, toda ela, é alvo da destruição.  Põe-se, assim, à mostra o infrutífero das tentativas profanas de consecução da paz, a falência das inúmeras consagrações seculares dos povos, de Yalta e Potsdam ao tratado de Roma e ao protocolo de Kioto.  Se a isto adicionarmos o mapa da fome em larguíssima parte do mundo contemporâneo, as perseguições à Igreja −a ponto mesmo de ser já corrente a expressão “cristianofobia” − e também a persecução ao Papado, muito difícil será sustentar, com plausibilidade, que já estejam cumpridas as condições para a paz fatimense e o triunfo do Imaculado Coração. A queda do muro de Berlim, em novembro de 1989, e a dissolvência da União Soviética, em dezembro de 1991, propiciaram alguma animação transitória sobre a efetividade da consagração da Rússia ao Coração de Maria, mas os fatos sucessivos conspiraram contra o precoce entusiasmo de opiniões pouco fundadas na realidade das coisas.
Ao largo do século XX, por ao menos sete vezes procedeu-se a alguma sorte de consagração pontifical à Virgem Maria: no dia 31 de outubro de 1942, o Papa Pio XII consagrou todo o mundo ao Coração mariano, ato que renovou em dezembro seguinte, e que, cerca de dez anos mais tarde, aos 7 de julho de 1952, por meio da carta apostólica Sacro Vergente Anno, viria a completar, consagrando, agora explicitamente, os povos da Rússia ao Coração mariano. Calha, entretanto, que o Santo Papa Pio XII não observou uma das condições impostas na mensagem de Tuy, a participação dos bispos do mundo inteiro no ato consagratório:
É chegado o momento (assim se enuncia na mensagem de 1929) em que Deus pede ao Santo Padre que faça, em união com todos os bispos do mundo, a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração…”.
Doze anos depois, em 21 de novembro de 1964, promoveu-se uma renovação desse ato consecratório: fê-lo Paulo VI, junto aos Padres do Concílio pastoral Vaticano II, mas sem observar, ainda uma vez, a condição de que que o ato se fizesse “em união com todos os bispos do mundo”.
Nos anos de 1982 e 1983, João Paulo II convidou a que, com ele, os bispos de todo o orbe consagrassem o mundo à Virgem Santíssima, o que se fez nos termos seguintes:
Ó Mãe dos homens e dos povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Tu sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que agitam o mundo −acolhe o nosso grito dirigido no Espírito Santo, diretamente ao Teu coração e abraça com o amor da Mãe e da Serva do Senhor os povos que mais esperam este abraço, e ao mesmo tempo os povos cuja consagração Tu também esperas de modo particular. Toma debaixo da tua proteção maternal a família humana inteira que, com afetuoso transporte, a Ti, ó Mãe, nós confiamos. Aproxime-se para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança.”
Tal se vê, o texto não fez a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria em união com os bispos de todo o mundo, senão que pediu se tomasse a “família humana inteira” sob a proteção maternal da “Mãe dos homens e dos povos”.
Daí que, novamente, em 25 de Março de 1984, João Paulo II, afiançando-se “unido com todos os pastores da Igreja numa ligação especial sob a qual constituem um corpo e um colégio“, tornou a consagrar o “mundo inteiro” ao Coração de Nossa Senhora, sem, especificamente, contudo, mencionar o nome da Rússia.
7. Abdicando, neste nosso pequeno texto, de discutir o tema de uma possível quarta parte do segredo de Fátima −ou, em outras palavras, a de que não se tenha divulgado, por inteiro, sua terceira parte−, interessa, no entanto, para aferir o atual status do problema das penas e dos prêmios fatimenses, enunciar as diferentes interpretações dadas ao texto central do que se divulgou dessa parte do segredo, que assim se redigira pela Irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944:
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n’uma luz imensa que é Deus: ‘algo semelhante a como se vêem as pessoas n’um espelho quando lhe passam por diante’ um Bispo vestido de Branco ‘tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n’êles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus”.
Opinam alguns que se trate de um quadro pessoal, seja (i) relativo a João Paulo II, diante do atentado que sofreu em 13 de maio de 1981, seja (ii) referível a acontecimentos pessoais ainda por vir. Diferentemente, há quem julgue tratar-se de uma execução virtual do Papado, ou (iii) já ocorrida (o que desata na vacância da Sé romana) ou (iv) ainda a ocorrer. O contraste entre estas interpretações radica mais ao fundo na pugna entre, de um lado, a adoção de uma rígida e onímoda observância da docência eclesial de turno, e, de outro, a dúvida ou mesmo a certeza de que padecemos já da apostasia predita para os tempos apocalípticos do “falso profeta”.
O fato é que −deixando à margem o proferimento (de que se tem já notícia) da consagração da Rússia por leigos substitutivos da ação do Papa− o claro-escuro das interpretações possíveis desta terceira parte do segredo parece, ao menos, sugerir, no contraste com o imenso e intenso fenômeno persistente e atual das guerras, da fome no mundo e das perseguições à Igreja, que é muito provável, muitíssimo −para não dizer que seguríssimo− estarmos ainda sob o reato das penas profetizadas na mensagem de Fátima.
Penitência, Penitência, Penitência!  −bradou o Anjo com voz forte−,  e enquanto Deus segue a punir o mundo de seus crimes, “por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre”, espera-se, com a confiança melancólica destas palavras de Jean Madiran: Demain, le Pape, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, a consagração da Rússia pelo Santo Padre em união com todos os bispos do mundo, condição divina, condição essencial, condição inarredável −porque Deus não muda−, condição a que os povos aspiram ver cumprida para, então, assistirem ao certíssimo Triunfo final do Coração Imaculado da Virgem Santíssima.
                        Demain, le Pape…
         
Bibliografia básica:
BARTHAS, Casimir. La Virgen de Fátima. Tradução castelhana. 2.ed. Madrid: Rialp, 1986.
DANIELE, Araí, em colaboração com GIBSON, Hutton, TELLO CORRALIZA, Tomás, FONTAN, Alberto e Outros. Segredo de Fátima ou perfídia em Roma? Fátima: Promissio, 2010.
DANIELE, Araí. Entre Fátima e o abismo. São Paulo: Excelsior, 1988.
DANIELE, Araí. Nella profezia di Fatima… il mistero dell’altra Roma. Regio Emilia: Radio Spada, 2015.
DE JAEGHERE, Michel. Enquête sur la christianophobie. Issy-les-Moulineaux: Renaissance Catholique, 2006.
GUITTON, René. Cristianofobia -La nuova persecuzione (versão italiana de Ces chrétiens qu’on assassine). Turim: Lindau, 2010.
MARCHI, João de. Era uma Senhora mais brilhante que o sol. 24.ed. Fátima: Missões Consolata, 2015.
MARTINS, Pe. Antônio Maria. O segredo de Fátima nas memórias e cartas da Irmã Lúcia. São Paulo: Loyola, 1985.
MAURO, Mario, VENEZIA, Vittoria e FORTE, Matteo. Guerra ai cristiani. Turim: Lindau, 2010.
WALSH, William Thomas. Nuestra Señora de Fátima. Tradução castelhana. 4.ed. Madri: Espasa-Calpe, 1960.

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