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Fatos que deveriam estar na lápide de Fidel Castro




PUBLICOU O PROF. e autor Carlos Eire, docente das disciplinas História e Estudos Religiosos pela Universidade de Yale: "Se este fosse um mundo justo, seriam inscritos (pelo menos) 13 pontos (leia-se crimes) na lápide de (Fidel) Castro, e estes deveriam ser, ainda, destacados em todos os seus obituários"[1].

Curioso ver o grande empenho que se fez e se faz, ainda hoje, para combater o nefasto regime nazista, denunciando-se, contínua e incessantemente, seus terríveis crimes contra a humanidade. Praticamente todas as semanas estreia novo documentário no "History Channel" (chamado 'Story Channel' pelo pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr., por seus pseudo-documentários sobre OVNIS, caçadores de fantasmas e supostas 'descobertas fantásticas' sobre os templários) com esta temática, retratando em todos os detalhes e minúcias as maldades cometidas por Adolf Hitler e comandados. Em diversos países a suástica –, símbolo que não foi criado por Hitler e nem teve origem no nazismo, mas remonta a culturas orientais antiquíssimas –, é proibido. No Brasil, a sua utilização pode dar 5 anos de cadeia. Ao mesmo tempo, o regime comunista, que ao longo de sua história foi responsável por atrocidades ainda maiores e por um número muitíssimo maior de vítimas inocentes[2], continua sendo livremente alardeado e propagandeado mundo afora, praticamente sem restrições[3].
Ninguém vê, nos grandes veículos de comunicação ou nas redes sociais, algum político populista ou jornalista conhecido defendendo Hitler; fazê-lo, de fato, representaria o fim de sua carreira, uma enxurrada de processos e possivelmente até prisão. Entretanto, há milhares de discursos e artigos idolatrando Fidel Castro mundo afora, até por autores norte-americanos, país para o qual o mesmo Fidel apontou mísseis atômicos há nem tanto tempo.

Aliás, partido nazista não pode, por força de lei (o que está corretíssimo). Todavia, curiosamente, partidos comunistas/socialistas não só pode como têm amplo apoio oficial e midiático. A presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, deputada Luciana Santos (PE), lamentou a morte de Fidel em nota pública (26/11), dizendo que o sanguinário ditador cubano "liderou uma das mais belas experiências de socialismo no mundo"[3].

Ora, quem faleceu foi um dos ditadores mais brutais da História moderna. É bizarro que se lamente sua morte e mais ainda que tantos o elogiem. Os mesmos que pintam a vitória de Trump como o prenúncio da maior catástrofe global da História, enxergam na trajetória de um assassino cruel a imagem de um verdadeiro santo. A verdade é que milhões de cubanos aguardaram, em grande sofrimento, por este momento, que demorou demais a chegar. Recordam-se, perplexos, dos seus crimes, e recordarão até o fim de suas vidas a imensa dor e sofrimento que este verdadeiro monstro causou.

Por que alguns elogiam um monstro? Por que, a exemplo de Che Guevara, outro notório psicopata, Fidel Castro é retratado como "herói" dos pobres? Como explicar que, neste momento, os grandes portais testemunhem que há um "embate entre admiradores e críticos de Fidel Castro"? Por que o repúdio não é unânime? De fato, a habilidade para a enganação foi um dos maiores talentos de Castro, durante toda a sua vida, enquanto que a credulidade é uma das maiores debilidades do mundo em que vivemos.

Assim como o "führer", Castro era um gênio na criação de mitos, e a exemplo de Hitler valeu-se da sede humana por mitos e heróis. Suas mentiras eram belas e realmente muito sedutoras. Segundo Castro e seus propagandistas, o objetivo da revolução não foi criar um estado totalitário repressivo, nem a perpetuação de um déspota no poder, mas sim eliminar o analfabetismo, a pobreza, o racismo, as diferenças de classe e todos os males (conhecidos qualquer semelhança com a propaganda petista, por aqui, não é mera coincidência). Esta mentira atrevida se tornou crível graças, em grande medida, ao incessante alarde de Castro sobre escolaridade e assistência médica gratuitas, o que por sua vez criou o mito de uma revolução benevolente, empreendida contra a opressão e a tirania de poderosas "elites" capitalistas... Uma utopia praticamente irresistível para miseráveis e iletrados ignorantes – que, infelizmente, compõem a maioria da população em tantos países.

Ao mesmo tempo, um grande grupo de intelectuais, jornalistas e gente supostamente esclarecida comprou a ideia e acreditou no grande mito – ainda que tenham sido os primeiros a serem enjaulados ou assassinados por Castro em seu próprio reino –; mais do que isso, com o tempo, incrivelmente essas suposições doentias foram adquirindo intensidade similar a das convicções religiosas mais fanáticas. Ainda que corressem notícias de crimes bárbaros, perseguições e assassinatos, esses "idiotas úteis" continuavam irracionalmente crédulos. Dizer a tais crentes fanáticos que Castro prendeu, torturou e assassinou muito mais gente (milhares mais) que qualquer outro ditador latino-americano e proporcionalmente mais ou tanto quanto qualquer outro grande déspota da História, foi em vão. Sua crueldade bem documentada, ainda que reconhecida, não foi capaz de mudar as coisas, porque ele foi – e parece que seguirá por longo tempo – sendo julgado segundo um aberrante código de ética muito próprio, que escapa à lógica. 

Mais um vez, é exatamente o que ocorre em Brasil com relação ao PT (partido dos trabalhadores) que, quanto mais soberbamente é desmascarado como verdadeira quadrilha criminosa, mais atrai simpatia e tanto mais ferrenhamente o apoiam seus seguidores cegos, sejam artistas, jornalistas ou (pseudo)intelectuais. 

Esse desequilíbrio moral kafkiano tinha, sem dúvida, um toque de realismo mágico tão escandalosamente inverossímil quanto qualquer ficção que Gabriel García Márquez (amigo íntimo de Castro), poderia sonhar. Por exemplo, em 1998, na época em que o ex-presidente do Chile, Augusto Pinochet, foi preso em Londres por crimes de lesa-humanidade, o auto ungido “líder máximo” visitou a Espanha com festa, sem que lhe causassem problemas, mesmo que seus abusos aos direitos humanos tornassem pequenos os de Pinochet.

Ainda pior, cada vez que Castro viajava ao exterior, vergonhosamente muitos se derretiam diante de sua presença. Em 1995, quando foi a Nova York falar na ONU, personagens ilustres manobraram tão intensamente para ter a oportunidade de conhecê-lo, no apartamento de três andares do magnata Mort Zuckerman, na Quinta Avenida, que a revista Time declarou: “Fidel toma Manhattan!”. Para não ficar para trás, a Newsweek declarou Castro como “A maior atração de Manhattan”. Nenhum membro da mesma "elite" tão atacada, que se encontrou com Castro nesse dia, pareceu importante que em 1962 ele mesmo tivesse apontado armas nucleares contra suas cabeças.


13 FATOS brutais e comprovados que deveriam estar na lápide de Fidel Castro


• Converteu Cuba em colônia da União Soviética e quase causou um holocausto nuclear;

• Patrocinou o terrorismo como pôde e aliou-se a muitos dos piores ditadores da Terra;

• Foi o responsável direto por tantas execuções e desaparecimentos em Cuba que é difícil calcular um número preciso;

• Não tolerou oposição de espécie alguma e construiu campos de concentração que lotou ao máximo, em um ritmo sem precedentes. Encarcerou um porcentual maior de seu próprio povo do que a maioria dos demais ditadores modernos, entre eles Stálin;

• Aprovou e promoveu a prática da tortura e dos assassinatos extrajudiciais;

• Obrigou ao exílio quase 20% de seus compatriotas, muitos dos quais morreram no mar, sem ser vistos ou contados, enquanto fugiam;

• Apropriou-se de toda a propriedade para si mesmo e para seus seguidores; cortou a produção de alimentos; empobreceu a vasta maioria do seu próprio povo;

• Proibiu a iniciativa privada e mesmo os sindicatos, eliminou a ampla classe média cubana e converteu os cubanos em escravos do Estado;

• Perseguiu aos homossexuais e tentou erradicar as religiões;

• Censurou todos os meios de expressão e comunicação;

• Estabeleceu um sistema escolar fraudulento que doutrinou em vez de educar (semelhança com o govern do Brasil pelo PT de Lula e Dilma não é mera coincidência) e criou um sistema de saúde de dois níveis, com assistência médica inferior para a maioria dos cubanos e superior para si mesmo e para sua oligarquia. Depois, sustentou que todas as suas medidas repressivas eram absolutamente necessárias para assegurar a sobrevivência desses "projetos de bem estar social" ostensivamente “gratuitos”;

• Converteu Cuba em um labirinto de ruínas e estabeleceu uma sociedade de apartheid, em que os visitantes estrangeiros tinham direitos e privilégios vedados ao povo;

• Nunca se desculpou por seus crimes; nunca foi processado por eles.


Resumindo tudo, Fidel Castro foi o próprio "Big Brother", mais assustador dos personagens do romance magistral “1984”, de George Orwell. Bem, adeus Big Brother, rei dos pesadelos cubanos. Assim como o padre Ricardo de Barros Marques, não lamentamos a sua partida. Pedimos a Deus que também o seu sucessor em breve abandone o trono sangrento que herdou de suas mãos assassinas.

____
Notas:
1.
 Publicado no 'Washington Post' e 'Gazeta do Povo', seção 'Mundo', disp. em:

http://gazetadopovo.com.br/mundo/13-fatos-brutais-que-deveriam-estar-na-lapide-de-fidel-castro-at21189tvwtelu08d1uh7cdzh
Acesso 28/11/016

2. Junto com várias outras fontes, O 'Livro Negro do Comunismo' (ler online e baixar), de Stéphane Courtois e diversos outros autores (historiadores reconhecidos), com ampla apresentação de fontes e dados históricos concretos, estima em 100 milhões o número de vítimas do regime comunista ao longo da História(!), entre sacerdotes e religiosos, portadores de deficiências mentais ou físicas, homossexuais, sindicalistas e opositores do Partido único, entre outros. Já o regime nazista teria sido o responsável por 11 milhões de mortes.

3.
 Honrosas exceções são a Polônia, a Lituânia, a Geórgia e a Moldávia (https://portalconservador.com/paises-onde-o-simbolo-do-comunismo-e-proibido/).

4. As declarações foram divulgadas nas fontes oficiais do partido comunista, vide: http://vermelho.org.br/noticia/luciana_santos_sobre_morte_de_fidel_transformar_o_luto_em_luta/290250-1

Acesso 28/11/016
http://www.ofielcatolico.com.br/2006/11/fatos-que-deveriam-estar-na-lapide-de.html

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